ECONOMIA

Custos industriais crescem 8,8% em 2018, revela CNI

15 Mar 2019 - 11h31Por Fabrício de Castro

Os custos da indústria brasileira subiram 8,8% em 2018, informou nesta sexta-feira, 15, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual, medido pelo Indicador de Custos Industriais, leva em conta a média de custos do ano passado ante a média do ano anterior. Este foi o maior avanço anual da série histórica, iniciada em 2006.

Entre os três componentes do indicador, o Índice de Custo com Produção apresentou alta de 10,9% em 2018, enquanto o Índice de Custo com Capital de Giro cedeu 15,5%. Já o Índice de Custo Tributário subiu 3,6% no ano passado.

De acordo com a CNI, o resultado do indicador geral foi puxado pelo custo com produtos intermediários e pelo custo com energia. Estes dois itens fazem parte do componente Índice de Custo com Produção. No ano passado, o custo com produtos intermediários subiu 13,4% e o custo com energia teve alta de 18,2%.

"Cabe ressaltar que o aumento nos custos industriais foi mais acentuado no segundo e terceiro trimestres do ano, com influência da greve dos caminhoneiros e da desvalorização do real, que impulsionaram os custos com produtos intermediários, além do aumento do custo com energia", pontuou a CNI.

Conforme a confederação, "a lucratividade da indústria diminuiu em 2018, em comparação com a média de 2017, pois o aumento no preço dos manufaturados domésticos foi inferior ao aumento nos custos industriais". Apesar disso, "a indústria ganhou competitividade ao longo de 2018, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional, pois o aumento dos preços dos produtos manufaturados importados, em reais, e o aumento dos preços dos produtos manufaturados nos Estados Unidos, também em reais, foi superior ao aumento de custos da indústria brasileira."

Quarto trimestre

A CNI informou ainda que seu Indicador de Custos Industriais caiu 0,3% no quarto trimestre de 2018, em relação ao terceiro trimestre, na série com ajustes sazonais.

Em relação ao quarto trimestre de 2017, houve alta de 9,6% no quatro trimestre do ano passado, na série sem ajustes.

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