ECONOMIA
Correção: Vendas online crescem 23% no 1º trimestre, para R$ 17 bilhões
O título e o texto de matéria enviada na quinta-feira, 25, informaram incorretamente o aumento das vendas online. O correto é um crescimento de 23%. O número de pedidos, por sua vez, deve ser de 174 milhões e não como informado. Segue texto e título corrigidos.
As vendas online vão de vento em popa, apesar da retomada ainda lenta da economia. Nos primeiros três meses do ano, as compras pela internet cresceram 23% e somaram R$ 17 bilhões, segundo dados da Compre&Confie, empresa de segurança digital criada pela ClearSale. Os números garantem ao Brasil a liderança nas vendas online entre os países da América Latina e a 10ª posição no ranking mundial.
E o ritmo deve continuar acelerado. A projeção para 2019 é de que as vendas online cheguem a R$ 74,8 bilhões no Brasil, montante 21% maior que o visto em 2018. Ao todo devem ser 174 milhões de pedidos, com tíquete médio de R$ 429,63, altas de 18% e 3%, respectivamente.
Para o diretor executivo do Compre&Confie, André Dias, o consumidor está mais familiarizado com as compras online e já busca adquirir itens na web que vão além de suas necessidades básicas.
Entre janeiro e março houve um aumento de 35% no número de consumidores, que atingiu 12,9 milhões. O valor gasto (total gasto em média por cada consumidor durante o período analisado) também registrou aumento de 14% no período, passando de R$ 1.036,20 para R$ 1.180,00. O tíquete médio foi R$ 427,40 e em média, os consumidores realizaram 3 compras no trimestre.
O segmento de Moda e Acessórios representa a maior parcela dos pedidos, com 19,5%, seguido por Entretenimento (11,8%) e Telefonia (10,4%). Em termos de faturamento Telefonia vem em primeiro lugar fatia de 25,6%, seguido de Eletrodomésticos e Ventilação, com 13,3%, e Entretenimento, com 12,3%.
Entre as categorias analisadas, todas cresceram de maneira conservadora, sendo Moda e Acessórios responsável pelo principal aumento registrado no período, com 1,4 ponto porcentual (p.p.). Em contrapartida, o segmento de Telefonia teve queda de 2,3 p.p no trimestre. "Mesmo com a queda nesse período, o setor de telefonia registrou aumento de 20% no tíquete médio. Ou seja, consumidores estão fortalecendo sua relação com as operadoras ao adquirir mais serviços com essas empresas ao invés de buscar por novas ofertas de concorrentes", explica Dias.
As mulheres foram responsáveis por 53,1% das compras realizadas nos primeiros três meses do ano, mas o público masculino possui gastos mais elevados ao comprar produtos de maior valor agregado, como eletrônicos e telefonia, com tíquete médio de R$ 490. A idade média dos compradores, por sua vez, é de 37 anos. A maior concentração está nas regiões Sudeste e Sul, que totalizaram cerca de 83% de share de pedidos do comércio eletrônico.