ECONOMIA
Consumidores esperam inflação de 5,6% em 12 meses a partir de novembro
A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,6% em novembro, ante 5,7% em outubro, informou nesta sexta-feira, 23, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Em relação a igual período do ano passado, houve recuo de 0,3 ponto porcentual no indicador.
"Os consumidores têm mantido projeções bem-comportadas para a inflação, com diferenças cada vez menores em relação às de especialistas de mercado. Parte desse efeito está relacionado com a inflação atual, que está sendo influenciada positivamente pela desaceleração nos preços de itens importantes da cesta de consumo, como os combustíveis e a energia elétrica. A aproximação das previsões de consumidores e especialistas também mostra que o Banco Central tem feito um bom trabalho na ancoragem das expectativas", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 58,5% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, ou seja, entre 3% e 6%. No mês anterior, esse porcentual era de 57,1% dos consumidores.
A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 3% subiu de 6,4% em outubro para 7,7% em novembro.
A expectativa de inflação caiu para todas as faixas de renda em novembro, exceto para famílias que recebem entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 mensais.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.