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ECONOMIA

Com liquidez fraca, dólar oscila, mas baixa prevalece com Ptax e agenda dos EUA

29 Abr 2019 - 11h10Por Silvana Rocha

Em semana de fim de mês e com fechamento dos mercados na quarta-feira, dia 1º pelo feriado do Dia do Trabalho, o dólar abriu volátil e um viés de baixa prevalecia por volta das 9h45 desta segunda-feira, 29. O investidor tende a buscar uma direção mais clara na agenda internacional. No exterior, haverá a retomada das discussões comerciais entre EUA e China (terça-feira, 30), decisão de juros do Federal Reserve (quarta-feira) e o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, na sexta-feira (dia 3).

O feriado nacional de quarta-feira deve reduzir a liquidez local, assim como a falta de perspectiva de avanço da reforma da Previdência nesta semana. No câmbio, a volatilidade já dá o tom dos negócios em meio a interesses técnicos de fim de mês, por causa da definição da taxa Ptax final de abril nesta terça-feira.

A Ptax desta terça servirá de referência na quinta-feira (2) - pós feriado - para a liquidação do dólar maio e os ajustes dos contratos cambiais futuros e de swap cambial com vencimentos em meses subsequentes.

Por causa do feriado na quarta, o início da discussão da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara segue agendado para o dia 7 de maio. Os líderes dos partidos que compõem o Centrão já afirmaram que não vão acelerar as discussões sobre a reforma.

Segundo levantamento Estadão/Broadcast, dos 49 deputados que ocupam uma cadeira na Comissão Especial que analisará a reforma da Previdência na Câmara, 32 se dizem a favor da reforma. O número já garantiria a aprovação da proposta no colegiado com folga - são necessários 25 votos. Porém, 16 desses parlamentares condicionam a aprovação a mudanças no texto.

Na Pesquisa Focus, do Banco Central, a taxa de câmbio estimada para fim de 2019 segue em R$ 3,75, enquanto para o fim de 2020 caiu de R$ 3,80 para R$ 3,79%.

O investidor olha também a inflação medida pelo IGP-M de abril, mas o dado fica em segundo plano. O índice de inflação desacelerou para alta de 0,92%, após 1,26% em março. Ainda assim, é o maior resultado do indicador para o mês desde 2015, quando foi de 1,17%.

No ano até abril, a alta está acumulada em 3,10% e, em 12 meses, em 8,64%. Já na Pesquisa Focus, do Banco Central, a taxa de câmbio esperada para fim de 2019 segue em R$ 3,75, enquanto para o fim de 2020 caiu de R$ 3,80 para R$ 3,79%.

Às 9h27 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,18%, aos R$ 3,9243. Já oscilou da mínima a R$ 3,9238 (-0,20%) a R$ 3,9343 (+0,07%). No mercado futuro, o contrato de dólar para maio tinha viés de baixa de 0,06%, a R$ 3,9275, após registrar mínima aos R$ 3,9235 (-0,17%) e máxima aos R$ 3,9350 (+0,13%).

Na última sexta-feira, o aumento das apostas de que o Federal Reserve promoverá ao menos um corte nos juros até o fim deste ano, após indicadores fracos de preços nos Estados Unidos e apesar do PIB do primeiro trimestre acima das expectativas, levou a uma onda de enfraquecimento do dólar ante a maioria das moedas fortes e emergentes, incluindo o real.

No mercado à vista, o dólar também caiu com notícias de que a Marfrig e a Ultrapar preparam captações externas e declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, de que o BC "tem bastante espaço para atuar" no mercado de câmbio e "atenuar os efeitos da maior escassez de liquidez em dólares".

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