ECONOMIA
Cenário base é desembolsos do BNDES de 2019 ficarem alinhados com 2018
O cenário base do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é desembolsar em 2019 um valor "alinhado" com o total liberado em 2018, afirmou nesta quinta-feira, 25, Irecê Kauss, chefe do Departamento de Produtos e Inovação da Área de Planejamento Estratégico da instituição de fomento. Ano passado, o BNDES desembolsou R$ 69,3 bilhões, queda de 4,9% ante 2017 em termos reais, e menor valor liberado pelo BNDES desde 1996.
A executiva do BNDES evitou fazer estimativas para os desembolsos para este ano. Segundo ela, é difícil ter uma "posição firme" sobre as perspectivas de desembolsos no início do ano, por isso, o BNDES trabalha com "diversos cenários". Ao ser questionada sobre qual era o "cenário base", Irecê respondeu: "É alinhado com o ano passado".
A chefe de departamento do BNDES também evitou estimar se seria possível atingir esse nível de desembolsos mesmo com a devolução antecipada de R$ 126 bilhões da dívida do banco com o Tesouro Nacional. Pelo cronograma firmado em julho do ano passado, o BNDES devolveria R$ 26 bilhões este ano, mas o Ministério da Economia pede um adicional de R$ 100 bilhões.
Segundo Irecê, como já dito pelo presidente do BNDES, Joaquim Levy, as equipes do banco de fomento e do ministério estão "traçando um caminho" para fazer a devolução pedida para este ano. Há um mês, ao comentar os resultados financeiros do BNDES em 2018, Levy afirmou apenas que os números estão sendo estudados.
"Acredito que (a devolução) será significativa, alinhada em espírito com a expectativa do governo", afirmou Levy, na ocasião. "Estamos nos preparando para fazer retorno dos recursos para o Tesouro de maneira ordenada", completou.
Nesta quinta-feira, o BNDES informou que desembolsou, no primeiro trimestre de 2019, R$ 14,48 bilhões para empréstimos já aprovados, alta nominal (sem descontar a inflação) de 30% ante igual período de 2018. Descontando a inflação, a alta foi de 24,8%. Ao mesmo tempo, as aprovações de novas operações (R$ 9,9 bilhões) recuaram 38% em termos nominais e as consultas por empréstimos, primeiro passo do processo de pedido junto ao BNDES, que serve como termômetro do apetite por crédito para investir, ficaram em R$ 8,34 bilhões no primeiro trimestre, tombo de 41%.
Sobre a queda nas consultas, Irecê afirmou que o BNDES está em "compasso de espera" diante da demanda por crédito por parte dos grandes projetos de investimento. Já a alta nos desembolsos seria reflexo de valores liberados para operações aprovadas no fim do ano passado, especialmente na infraestrutura. Em dezembro de 2018, as aprovações somaram R$ 21,3 bilhões, alta real de 38% ante igual mês de 2017.

Matérias Relacionadas
Geral
Estrutura para o 3º Feirão de Empregos já está organizada
A Arena Jaraguá já está preparada para receber a população. Além de mais de 3.200 vagas de trabalho e cursos gratuitos, haverá vários serviços disponibilizados pelas Secretarias de Saúde, Educação, Social e entidades parceiras

Economia
FIESC prevê alta de 3,86% para setor de borracha e plásticos em SC
Selic em alta deve restringir avanço; nível de renda das famílias e ciclo da construção civil minimizam impacto da alta dos juros

Economia
Entidades Empresariais e poder público se unem para manter empregabilidade alta em Jaraguá do Sul
Em sua terceira edição, neste sábado (15), o Feirão de Empregos é uma das estratégias da união de forças para que o município se mantenha entre os principais geradores de oportunidades

Economia
SC lidera expansão da indústria no país em 2024
Produção industrial medida pelo IBGE aponta avanço de 7,7% no ano passado; no Brasil, o crescimento foi de 3,1% no período
