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ECONOMIA

Cautela com exterior e cenário doméstico empurram Ibovespa para o negativo

07 Mai 2019 - 12h36Por Maria Regina Silva

A notícia de que os Estados Unidos devem mesmo elevar as tarifas para produtos chineses na sexta-feira volta a incomodar os negócios no exterior e atingem também o Ibovespa. Nem mesmo a informação de que membros dos dois países devem se reunir ainda esta semana limita as perdas nos mercados acionários. Às 11h25 desta terça-feira, 7, o Ibovespa caía 1,81%, aos 93.260,95 pontos. Ontem, fechou em queda de 1,04%, aos 95.008,66 pontos.

A esperança é de que as duas potências mundiais avancem nos acordos comerciais. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o representante comercial, Robert Lighthizer, afirmaram que um acordo comercial ainda pode ocorrer com a viagem da deleção chinesa à Washington esta semana, com a presença do vice-primeiro-ministro chinês Liu He. No entanto, o clima desfavorável provocado após o governo norte-americano afirmar que vai elevar as tarifas na sexta prevalece.

Para Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM, por enquanto não há sinais de alta na B3, tomando como base o desempenho dos índices futuros em Nova York. "Com a notícia de que o secretário dos EUA Robert Lighthizer confirmou que as tarifas chinesas subirão para 25%, as bolsas reagem em baixa, na Europa e em Nova York. Aqui, não deve ser diferente", diz.

Além do fator externo, o economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini, cita a falta de noticia doméstica, o que reforça a cautela interna.

Para completar, afirma que as confusões no governo também não devem estimular o investidor. "A falta de noticia por aqui e essas brigas estão desviando a atenção", diz. Depois de mais ataques do escritor Olavo de Carvalho e do troco de ministros militares, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não existem grupos no seu governo, mas "um time só".

Apesar de a primeira reunião da Comissão Especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara estar marcada para hoje, não há grandes expectativas com relação a esse evento. Pelos próximos dias, acrescenta o economista, não deve ter grandes notícias relacionadas à reforma. "Temos de esperar como ficará o texto, o quanto será desidratado."

O balanço da Petrobras, a ser divulgado nesta terça-feira após o fechamento da B3, também gera certa cautela. Isso porque a estatal deve informar resultado fraco no primeiro trimestre de 2019. O desempenho, conforme analistas, deve refletir a menor produção diante de paradas para manutenção, além da queda do petróleo brent no período. O petróleo em queda empurras as ações da estatal para baixo.

Ainda no meio corporativo, o mercado está de olho na Vale, cujos papéis cedem. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) suspendeu decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte que autorizava a retomada das atividades da barragem Laranjeiras e do complexo minerário de Brucutu (MG).

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