ECONOMIA

Bolsonaro: 'Onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo'

14 Mar 2019 - 20h48Por Julia Lindner

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira, 14, que "onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo". A frase foi dita durante transmissão ao vivo no Facebook, ao lado dos ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro fazia referência ao leilão da concessão de 12 aeroportos da Infraero que ocorrerá nesta sexta-feira, 15.

"Amanhã, sexta-feira, nosso ministro da Infraestrutura, o Tarcísio de Freitas, estará em São Paulo, na Bolsa de Valores, onde estamos anunciando por concessão 12 aeroportos, buscando tirar do Estado esse peso que infelizmente onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo", disse o presidente.

Bolsonaro também fez críticas aos governos anteriores e afirmou que identificou irregularidades em pastas e secretarias, sem especificar quais seriam elas. "Cada vez que a gente vai e mergulha fundo em um ministério, em uma secretaria a gente acha muita coisa errada. A certeza que tínhamos é que Brasil não tinha como dar certo se continuasse fazendo aquela velha política de negociação. Que pesem bons ministros, tivemos em governos anteriores, mas como regra o objetivo não era para atender interesses da população, e sim de uns poucos", avaliou.

Durante a transmissão ao vivo de menos de 15 minutos, Bolsonaro não citou a reforma da Previdência, mas falou rapidamente sobre articulação política, reafirmando que não quer negociar cargos. Segundo ele, os parlamentares estão entendendo a sua forma de fazer política. "Os parlamentares vem entendendo... Não temos pressão por ministérios, e os parlamentares entenderam que o caminho é esse: escolhendo pessoas técnicas para que exerçam bom trabalho para a população e para o nosso Brasil."

Apesar da resistência, Bolsonaro teve uma reunião no último final de semana com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar das indicações. Na ocasião, disse que se opõe à nomeação de indicados políticos para cargos federais nos Estados, mas impôs como condição que os indicados tenham boa reputação. O governo está criando um "banco de talentos" para estabelecer critérios técnicos para essas nomeações.

Matérias Relacionadas

Economia

WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", diretor superintendente da WEG Energia alega sobreoferta no mercado de energia
WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal
Geral

BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix

Foram expostas informações cadastrais da Sumup Sociedade de Crédito
BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix
Economia

BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix

Dados protegidos por sigilo, como saldos e senhas, não foram afetados
BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
Economia

Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro

Dos 26,2 mil novos empregos criados no estado, indústria foi responsável por 14,26 mil postos no primeiro mês do ano, segundo dados do CAGED. Saldo de vagas no Brasil no período atingiu 180,4 mil empregos.
Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro
Ver mais de Economia