ECONOMIA
Bolsas de NY sobem após Trump afirmar que conversa com China foi 'construtiva'
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 10, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar, em seu Twitter, que as conversas comerciais com a China foram "francas e construtivas" e que sua relação com o presidente chinês, Xi Jinping, "continua forte".
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,44%, em 25.942,37 pontos, recuando 2,28% na comparação semanal, enquanto o S&P 500 avançou 0,37%, em 2.881,40 pontos, perdendo 2,34% na semana. O índice eletrônico Nasdaq, por sua vez, fechou perto da estabilidade, registrando leve alta de 0,08%, em 7.916,94 pontos, recuando 3,16% em relação à semana anterior.
Os mercados nova-iorquinos abriram em território negativo nesta manhã, após o governo americano aumentar, na madrugada desta sexta, de 10% para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, conforme o presidente dos EUA, Donald Trump, havia anunciado no último domingo.
O cenário começou a mudar, no entanto, depois que o vice-premiê da China Liu He afirmou que as negociações comerciais realizadas nesta sexta correram "razoavelmente bem". Mas foi só depois dos posts de Trump afirmando que as conversas continuarão - embora sem nenhum encontro previsto num futuro próximo - e que o aumento das tarifas pode, ou não, ser revogado a depender dos desenvolvimentos das negociações, que os índices ampliaram seus ganhos e se firmaram no azul. "Continuamos esperando que os dois lados cheguem a um acordo comercial, mas é improvável que isso aconteça no curto prazo, já que a guerra não é dolorosa o suficiente para qualquer dos lados", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe do Deutsche Bank na Ásia.
No universo corporativo, a Uber, que abriu nesta sexta o capital na Bolsa de Nova York, frustrou as expectativas da gigante de tecnologia e transporte com seus papéis sendo cotados a US$ 41,57, contra os US$ 45,00 da oferta pública nesta manhã. No fim do pregão, as ações da Über fecharam em queda de 7,62%.
Bastante sensíveis aos desdobramentos do imbróglio comercial entre as duas maiores economias do mundo, os papéis de empresas do setor industrial, cujo subíndice do S&P 500 avançou 0,38%, em 641,72 pontos, subiram, com a Caterpillar registrando leve ganho de 0,11% e a Boeing avançando 0,15%.
No setor de tecnologia, a Apple apresentou a pior performance do Dow Jones, com os investidores temendo que as tensões entre Washington e Pequim poderiam prejudicar a recuperação da economia chinesa e reduzir a demanda dos consumidores por seus produtos. A gigante de tecnologia viu seus papéis se desvalorizarem 1,39%, puxando para baixo as ações da Intel, segunda pior performance do índice, com queda de 0,90%.