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ECONOMIA

Bolsas de NY fecham em queda com pessimismo sobre aprovação do UMSCA

08 Mai 2019 - 19h41Por Gabriel Wainer

Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 8, com os investidores preocupados com o comércio mundial. Em meio às tensões geradas pelas difíceis negociações comerciais entre Estados Unidos e China, a avaliação de que o pacto entre EUA, México e Canadá (UMSCA) pode não passar pelo Congresso americano azedou de vez o humor dos investidores nos minutos finais do pregão.

O índice Dow Jones fechou estável, em leve alta de 0,01%, em 25.967,33 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,16%, em 2.879,42 pontos. O índice eletrônico Nasdaq, por sua vez, recuou 0,26%, em 7.943,32 pontos.

Pouco antes do fechamento do pregão, a consultoria Eurasia divulgou que a probabilidade do USMCA ser ratificado pelo Congresso americano caiu de 60% para 45%, o que fez com que os índices acionários passassem a operar em território negativo. Um dos fatores que prejudicaria a aprovação é a falta de apoio do governo de Donald Trump, atarefado em meio às negociações comerciais com a China. "A Casa Branca não está conduzindo uma campanha de pressão total para levar o UMSCA a uma votação", afirmou a consultoria.

As bolsas nova-iorquinas abriram em baixa, ainda na esteira das tensões entre os Estados Unidos e a China, mas as perdas foram logo amenizadas pelo post do presidente americano, Donald Trump, no Twitter, no qual ele confirmou que o vice-premiê da China Liu He irá a Washington para "fechar um acordo". Pouco depois, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que a China deu "indicações" de que pretende buscar um acordo bilateral. As incertezas em torno das negociações comerciais bilaterais foram responsáveis pela queda generalizada nas bolsas do mundo inteiro, ontem.

Embora as preocupações dos investidores com o imbróglio comercial tenham sido diminuídas após as declarações de Trump e de Sanders, o Ministério do Comércio da China informou que irá tomar medidas retaliatórias se os EUA seguirem com o plano de elevar tarifas sobre importações chinesas na próxima sexta-feira.

No fim da tarde, o novo presidente-executivo da Intel, Bob Swan, baixou as perspectivas financeiras da companhia para US$ 4,35 por ação e receita de US$ 69 bilhões para este ano, enquanto o mercado esperava US$ 4,50 por papel e US$ 71,04 bilhões de receita no mesmo período. As ações da Intel fecharam em queda de 2,46%, a maior entre as gigantes de tecnologia e a pior performance do Dow Jones.

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