ECONOMIA
Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com foco em balanços e indicadores
As bolsas europeias fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, 21, em uma sessão marcada pela reação a indicadores e resultados corporativos. Além disso, a ata do Banco Central Europeu (BCE) foi monitorada, com dirigentes demonstrando preocupação com a perda de fôlego da economia da zona do euro.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em 0,28%, em 370,41 pontos.
Além da expectativa por novidades no diálogo sobre comércio entre Estados Unidos e China em Washington, investidores estiveram atentos a alguns dados do continente. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro subiu de 51,0 em janeiro a 51,4 na preliminar de fevereiro, segundo a IHS Markit, acima da previsão de 51,3, porém o PMI industrial do bloco caiu de 50,5 a 49,2, com a leitura abaixo de 50 apontando para contração da atividade, registrando ainda mínima em 68 meses, quando a expectativa dos analistas era de estabilidade. Na Alemanha, o PMI composto subiu a 52,7 na prévia de fevereiro, puxado por serviços, mas o PMI da indústria recuou de 49,7 em janeiro a 47,6 em fevereiro. Ainda no país, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,8% em janeiro ante dezembro, com alta anual de 1,4%, como esperado.
Além disso, a ata aponta que os dirigentes do BCE estão atentos à desaceleração econômica da zona do euro. Eles discutiram a possibilidade de emitir novos empréstimos de longo prazo para ajudar os bancos regionais durante a reunião do fim de janeiro, mostrou o documento.
Na frente política, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou estar desanimado quanto à possibilidade de que o Reino Unido consiga evitar uma ruptura caótica com a União Europeia no próximo mês, no Brexit. Segundo ele, uma saída sem acordo representaria "consequências econômicas e sociais terríveis" para os dois lados.
Entre os balanços corporativos, Centrica recuou quase 12% em Londres, após a companhia do setor de energia limitar seu fluxo de caixa em 2019 por causa de um teto nos preços de energia no Reino Unido. Anglo American teve queda de 1,50%, após divulgar resultados que em geral agradaram, mas com dividendo considerado modesto por alguns analistas.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,85%, em 7.167,39 pontos. Entre os bancos, Lloyds caiu 1,31%, enquanto Barclays recuou 0,06%, após balanço. A ação do Barclays chegou a subir após os resultados trimestrais, mas não mostrou fôlego durante o pregão, passando a oscilar.
Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,19%, a 11.423,28 pontos. Entre as mais negociadas, Aroundtown subiu 1,41%, Deutsche Bank caiu 0,38% e Deutsche Telekom teve ganho de 0,38%. Commerzbank recuou 1,35%.
Na bolsa de Paris, o CAC-40 ficou estável, em 5.196,11 pontos. Crédit Agricole caiu 0,93%, mas Air France se destacou, em alta de 4,54%, após balanço na terça-feira.
Em Milão, o índice FTSE-MIB teve queda de 0,47%, a 20.209,72 pontos. Entre os bancos italianos, a jornada foi em geral negativa, com BPM (-2,35%), UniCredit (-2,76%) e Intesa Sanpaolo (-0,80%). Já ENI subiu 0,12%.
Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 fechou com ganho de 0,11%, em 9.191,20 pontos. Santander teve alta modesta, de 0,14%, e Banco de Sabadell subiu 0,19%, enquanto BBVA recuou 0,25%. Iberdrola subiu 1,07%.
Em Lisboa, o índice PSI-20 recuou 0,32%, a 5.161,43 pontos. Banco Comercial Português caiu 0,09% e Altri, 1,37%, porém Galp Energia avançou 0,68%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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