ECONOMIA
Bolsas da Europa fecham majoritariamente em alta, animadas por PIB dos EUA
As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 26, com todos os setores encerrando o pregão em território positivo, de olho no avanço inesperado de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e também no relatório de resultados do Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,22%, em 391,01 pontos.
Do outro lado do Atlântico, o crescimento da economia americana superou as expectativas e avançou 3,2% no primeiro trimestre deste ano, informou a primeira estimativa publicada nesta quinta pelo Departamento do Comércio. O resultado veio bem acima da mediana da projeção de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 2,2%, e desidrata levemente as preocupações com a desaceleração da economia americana, melhorando o humor dos investidores. Ao mesmo tempo, o avanço relativamente fraco nos gastos com consumo elevou apostas de corte de juros mais adiante nos EUA.
Na Alemanha, antes da abertura do pregão, o Deutsche Bank divulgou seu balanço do primeiro trimestre deste ano e surpreendeu os operadores do mercado ao apresentar aumento de 67% em seu lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado, graças a esforços de redução de custos. Mesmo assim, as ações do banco encerraram em baixa de 1,85%, ainda na esteira do fim das conversas com o Commerzbank sobre uma possível fusão entre os dois maiores bancos da maior economia da Europa, que frustrou os mercados. Mesmo assim, na bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,27%, em 12.315,18 pontos, com alta de 0,76% na comparação semanal.
Na bolsa de Londres, por outro lado, o índice FTSE 100 fechou em leve queda de 0,08%, em 7.428,19 pontos, com queda de 0,42% na semana, único mercado europeu a fechar no negativo, pressionado principalmente pelos papéis do Royal Bank of Scotland (RBS), que divulgou balanço que frustrou as expectativas dos analistas e encerrou o pregão em queda de 4,0%, a pior performance do dia. Além disso, a mineradora Glencore anunciou que a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities dos EUA investiga se ela atuou com "práticas corruptas", o que levou o papel a recuar 3,30%.
Na esteira das commodities, o telefonema do presidente americano, Donald Trump, para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com o objetivo de baixar os preços do óleo afetou as petroleiras europeias, embora a notícia tenha sido veiculada pouco antes do fechamento do pregão local. O petróleo chegou a operar em queda de mais de 4,0%, pressionando os papéis da italiana Saipem, que fechou em queda de 3,59%, o pior desempenho da bolsa de Milão, que encerrou o pregão perto da estabilidade, com leve ganho de 0,08%, em 21.737,97 pontos, mas queda de 1,00% na semana.
Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 fechou em alta de 0,21%, em 5.569,36 pontos, com queda de 0,20% na comparação semanal. Em Madri, o índice IBEX 35 avançou 0,05%, em 9.506,00 pontos, com baixa de 0,79% na semana. A melhor performance do dia ficou com Lisboa, cujo índice PSI 20 fechou em alta de 1,28%, em 5.420,07 pontos, com alta de 1,13% na comparação semanal.