ECONOMIA
Bolsas da Europa fecham em queda expressiva com EUA-China e corte de crescimento
Os mercados acionários europeus fecharam em queda expressiva nesta terça-feira,7, com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China no radar, assim como o corte na projeção de crescimento da zona do euro em 2019 e 2020, feita pela União Europeia (UE). O índice Stoxx 600 caiu 1,37%, a 381,64 pontos.
O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, um dos líderes das negociações bilaterais, afirmou que seu país pode voltar atrás na decisão de elevar as tarifas sobre importações chinesas a partir de sexta-feira, anunciada pelo presidente Donald Trump no domingo. Isso ocorreria, porém, apenas sob a condição de que as conversas voltem aos trilhos, depois que o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, destacou uma "erosão nos compromissos" já firmados pelo lado chinês nas tratativas.
A aversão a risco entre os mercados foi acentuada pelo corte na projeção de crescimento da zona do euro em 2019 e 2020 feita pela UE. O PIB da zona do euro crescerá 1,2% em 2019, projetou a Comissão Europeia, que antes previa alta de 1,3%. Em 2020, o corte foi de 1,6% a 1,5%.
O órgão também reduziu as expectativas em relação à maior economia da região - a Alemanha. Lá, as encomendas à indústria avançaram menos do que o esperado, o que mostra mais uma vez que a indústria alemã está em uma "pronunciada recessão", para o Commerzbank.
Com isso, o FTSE 100, de Londres, fechou em queda de 1,63%, a 7.260,47 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuou 1,58%, a 12.092,74 pontos. Em Paris, o CAC 40 cedeu 1,60%, a 5.395,75 pontos, ao passo que o FTSE MIB, de Milão, perdeu 0,89%, a 21.219,14 pontos, e o Ibex 35 registrou queda de 1,03%, a 9.235,10 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 1,29%, a 5.233,02 pontos.