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ECONOMIA

Bolsas da Europa cae, de olho na economia global, no Brexit e na Itália

17 Dez 2018 - 14h53Por Gabriel Bueno da Costa

As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, 17, influenciadas pelas visões mais cautelosas sobre a trajetória do crescimento econômico do mundo. Além disso, o petróleo operou em baixa, o que tende a pressionar empresas do setor. Nesse quadro, investidores acompanharam ainda o noticiário sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e também a questão orçamentária da Itália.

O índice pan-europeu fechou em baixa de 1,14%, em 343,26 pontos.

No domingo, o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), alertou que haverá mais momentos de volatilidade nos próximos meses, diante da expectativa de desaceleração global. A notícia se somou a outras revisões para baixo recentes nas projeções de crescimento do mundo, que têm provocado mais cautela nos mercados internacionais em várias das recentes sessões.

O analista Joshua Mahony, da corretora IG, advertiu que havia também eventos importantes para justificar a cautela no início desta semana, como a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira. Outros bancos centrais se pronunciam na semana, entre eles o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que anuncia decisão de política monetária na quinta-feira.

No Reino Unido, um alerta da Asos de que seus resultados devem ser piores do que o antes projetado pesou sobre o setor de varejo. Na frente política, a premiê Theresa May informou que pretende votar seu acordo com a UE no Brexit na terceira semana de janeiro, rechaçando a pressão oposicionista por um voto antes do Natal, para que haja mais tempo para se pensar em um "plano B", caso a alternativa até agora disponível seja rejeitada. A primeira-ministra insiste que esse é o único acordo disponível e alerta para os riscos econômicos de uma saída sem acordo.

Já na Itália, relatos de que pode haver um acordo orçamentário com a UE ajudaram os mercados locais, apoiando o preço do bônus da dívida italiana. Ainda assim, o mau humor geral nas praças europeias não poupou Milão.

Na agenda de indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,9% em novembro, na comparação anual, desacelerando da alta de 2,2% de outubro e na mínima desde maio. Analistas previam alta de 2,0%.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 1,05%, em 6.773,24 pontos. A varejista Asos recuou 37,55%. No setor de energia, a petroleira BP caiu 0,80%. Já entre as mineradoras, Antofagasta e Glencore subiram 2,31% e 1,14%, respectivamente. Barclays caiu 3,53%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,86%, a 10.772,20 pontos. Entre os papéis mais negociados, Deutsche Bank caiu 2,40% e Aroundtown, 0,87%, mas Deutsche Telekom avançou 0,73%. No setor de energia, E.ON teve queda de 2,83%, e no bancário Commerzbank registrou recuo de 4,19%.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em baixa de 1,11%, em 4.799,87 pontos. BNP Paribas caiu 2,44% e Société Générale, 2,76%, entre os bancos franceses. A petroleira Total recuou 0,99% e a montadora Peugeot, 0,74%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, registrou queda de 1,15%, a 18.693,45 pontos. Os bancos italianos se saíram mal, como Banca Carige (-6,25%), Intesa Sanpaolo (-2,04%) e BPM (-2,69%). A petroleira ENI caiu 1,33%, mas Mediaset, na contramão da maioria, subiu 2,05%.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 caiu 0,83%, a 8.812,50 pontos. Santander fechou em queda de 0,80% e Banco de Sabadell teve baixa de 1,38%, enquanto Iberdrola avançou 0,97%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 recuou 1,52%, a 4.730,62 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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