ECONOMIA

22 entre 24 atividades têm altas de preços no IPP de abril, diz IBGE

29 Mai 2019 - 12h26Por Daniela Amorim

A alta de 1,27% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em abril foi puxada pelos aumentos nos combustíveis, nas carnes e no minério, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, os reajustes no mês foram disseminados, alcançando 22 das 24 atividades industriais pesquisadas.
As maiores altas ocorreram entre os produtos de refino de petróleo e produtos de álcool (3,18%), indústrias extrativas (3,02%), metalurgia (2,29%), móveis (2,12%) e farmacêutica (1,81%). As únicas quedas foram registradas em madeira (-0,71%) e têxteis (-0,21%).

Em termos de influência, os segmentos que mais contribuíram para a alta do IPP em abril foram refino de petróleo e produtos de álcool (com impacto de 0,33 ponto porcentual), alimentos (com alta de 1,40% e impacto de 0,31 ponto porcentual), extrativas (impacto de 0,14 ponto porcentual) e metalurgia (impacto também de 0,14 ponto porcentual).

"No grupo Combustíveis, é o preço de petróleo no mercado internacional. Em Alimentos, tem três tipos de carne liderando a influência no resultado. Boa parte do preço é o que ocorre com a China exportações brasileiras para a China. Nas Extrativas, foi óleo bruto de petróleo, que influencia os derivados", justificou Manuel Campos, gerente do Índice de Preços ao Produtor (IPP) no IBGE.

Questionado se houve influência sobre os preços decorrente da tragédia do rompimento de uma barragem da Vale na região de Brumadinho, em Minas Gerais, no fim de janeiro, Campos confirmou que houve impacto na oferta de minério, o que explica parte do avanço expressivo de 23% acumulado nos preços das indústrias extrativas desde fevereiro.

"Brumadinho ainda pode estar influenciando preço das extrativas", disse Campos, frisando, porém, que a alta de abril foi mais pressionada pelo aumento no óleo bruto de petróleo.

Segundo o pesquisador, a alta de 1,3% no dólar ante o real em abril também ajudou a encarecer alguns produtos na porta de fábrica. "Petróleo e minério é cotação internacional, mas o dólar subir também não ajuda. Existe influência do câmbio também na parte de carnes, que pressionou alimentos. Porque você está exportando carnes, então o dólar influencia", concluiu.

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