Dieta sem glúten
Os primeiros dias e meses sem glúten são complicados devido ao efeito viciante do glúten. Podemos apresentar irritabilidade, apetite voraz, insônia, fadiga. São sintomas comuns da retirada do glúten.
Isso porque, ele causa desequilíbrios neuroquímicos no cérebro pela hiperestimulação dos receptores opióides. Os peptídeos do glúten, semelhantes à morfina, podem permanecer intactos porque a ligação dos aminoácidos é muito resistente à digestão. Quem tem vazamento intestinal deixa esses peptídeos passarem pela corrente sanguínea, gerando o efeito viciante. Retirar o glúten da dieta é muito desafiador, é como se estivesse lidando com abstinência por uma droga, só que esta droga é o glúten.
Ler rótulos é crucial. Cuidado com qualquer alimento processado, pois todos são suspeitos. Alimentos que contém glúten: trigo, centeio, cevada, triticale, malte, aveia. Cuide com as siglas: Fu- glúten de trigo seco; PPH- proteína de planta hidrolisada; PVH- proteína vegetal hidrolisada; GMS- glutamato monossódico; PPT- proteína de planta texturizada; PVT- proteína vegetal texturizada. Observe chá de caixinha, chocolate, medicamentos, cosméticos, etc.
Como a doença celíaca é caracterizada por má-absorção causada pelo vazamento intestinal, os pacientes celíacos liberam exorfinas na circulação e deixam de absorver nutrientes essenciais devido à redução na superfície de absorção do intestino delgado. Há, portanto, deficiências de nutrientes e minerais como cálcio, magnésio, selênio, manganês, cobre, ferro e zinco, além de deficiências de vitaminas C, D, A, E e K, e vitaminas do complexo B.