Incontinência urinária: doença afeta 45,5% das mulheres com mais de 40 anos

Mais comum do que se imagina, a incontinência urinária afeta, principalmente, mulheres com mais de 40 anos.

13 Dez 2018 - 06h30Por Raphael Lahr

Mais comum do que se imagina, a incontinência urinária afeta, principalmente, mulheres com mais de 40 anos. Segundo estudos, 45,5% das mulheres que já chegaram ou passaram dessa faixa etária sofrem com vazamentos.

Para entender o problema é preciso conhecer o que é a incontinência urinária e como os sintomas se relacionam. A definição da patologia é bastante simples: podemos categorizar dessa forma qualquer perda involuntária de urina, geralmente, ocasionada por um prejuízo da capacidade de coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter, espécie de uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina. 

Uma avaliação bem feita é capaz de determinar a causa da incontinência, que pode ser transitória ou permanente. As motivações temporárias são infecções urinárias e vaginais, efeitos colaterais de medicamentos e constipação intestinal. Já as crônicas compreendem fraquezas nos músculos associados ao trato urinário, doenças que afetam os nervos ou músculos, como derrame cerebral, esclerose múltipla e distrofia muscular, e alguns tipos de cirurgias ginecológicas. Em alguns pacientes, mais de uma causa pode estar associada.

Em geral, a incontinência mais comum entre as mulheres é relacionada ao esforço, que ocorre devida à fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga. A incontinência de esforço acontece, frequentemente, em mulheres com diminuição do tônus muscular do assoalho pélvico. É mais comum naquelas que tiveram partos vaginais, embora possa ocorrer também nas que tiveram seus filhos por cesariana e, até mesmo, nas que nunca passaram por nenhuma das duas situações.

As consequências da incontinência urinária não são apenas físicas.  Muito mais do que um incômodo de ter a roupa íntima molhada, a incontinência afeta a qualidade de vida, comprometendo também o bem-estar emocional, psicológico e social. Muitas deixam de realizar atividades cotidianas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo. Por esta razão, é muito importante saber que a grande maioria das causas de incontinência pode ser tratada com sucesso.

Além de afetar a parte emocional, a condição também interfere na vida sexual das mulheres. Uma pesquisa do Ambulatório de Disfunção Miccional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 356 voluntárias – metade com incontinência urinária – mostrou que 55% delas não tinham mais vida sexual ativa. 

O tratamento depende diretamente do diagnóstico médico e uma das verificações mais importantes é o relato do paciente, com a criação de um diário miccional. O primeiro passo é procurar um médico e informá-lo sobre a história médica e a forma como os sintomas afetam a vida. O procedimento para diagnosticar a doença inclui exames de urina, ultrassom, medidas e avaliações dos órgãos internos. 

 

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