Confundida com câncer, HPB afeta 80% dos homens acima de 50 anos
Para diminuir as chances de desenvolvimento da HPB, é importante manter uma rotina saudável, incluindo prática de atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e ingestão adequada de líquidos.
Mais de 80% dos homens com mais de 50 anos e quase 14 milhões de brasileiros são afetados por doença que exige atenção, mas ainda é pouco conhecida pela maioria das pessoas. A hiperplasia prostática benigna ou simplesmente HPB tem uma alta incidência, que, segundo estudo, está relacionada ao aumento da expectativa de vida da população.
A partir da meia-idade, infelizmente, a HPB é uma condição quase que inevitável para boa parte do público masculino. Após os 90 anos, a condição piora muito e acomete cerca de 90% dos homens. Abaixo de 50 anos, a doença costuma ser rara, mas, fatores como obesidade, sedentarismo e o alcoolismo aumentam consideravelmente as chances de desenvolvimento.
Mesmo sendo uma das patologias mais frequentes entre os homens, a HPB, por vezes, é confundida com câncer. O próprio termo já indica que não tem relação com câncer ou tumor, mas, sim, ao crescimento benigno da próstata. Esse crescimento na próstata acarreta em uma série de incômodos, como dificuldade, urgência e aumento da frequência urinária, jato fraco, perda de urina e sensação de que a bexiga não esvazia por completo.
Para diminuir as chances de desenvolvimento da HPB, é importante manter uma rotina saudável, incluindo prática de atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e ingestão adequada de líquidos. Além disso, um fator decisivo para a cura da doença é o diagnóstico precoce. Por isso, a orientação é que todos os homens, após os 40 anos de idade, procurem um urologista para check-ups anuais, mesmo sem sintomas. Por preconceito ou falta de informação os pacientes evitam procurar um urologista, às vezes, até com algum sintoma aparente. Porém, quanto antes diagnosticada a doença, maiores as chances de sucesso no tratamento.
O tratamento pode ser feito de duas formas. O primeiro é medicamentoso, com uso de remédios para relaxar a musculatura da próstata e diminuir o tamanho do órgão. O outro é cirúrgico e pode ser realizado a partir de duas técnicas. Uma é a raspagem da próstata, por dentro do canal, sem cortes, e a outra, usada em situações mais graves, é a retirada total do miolo da próstata por cirurgia aberta. Em cerca de 80% dos casos, a HPB se resolve com raspagem. Mas o melhor tratamento para cada caso deve ser feito após avaliação criteriosa do médico urologista.