Brincadeira de criança?
A otoplastia é a plástica estética mais frequente nesses casos em que a criança sofre opressão, geralmente, quando inicia a vida escolar.
A cirurgia plástica em crianças assusta e causa desconfiança. Mas, com o auxílio de um profissional especializado, traz muito mais do que apenas renovação da aparência.
Conforme já citamos em outras colunas, os números de adeptos da cirurgia plástica no Brasil não param de crescer em todas as faixas etárias. E isso inclui também as crianças.
Apesar de não ser tão popular como nos Estados Unidos, segundo a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) a procura por procedimentos em crianças de até cinco anos passou de 33,9% em 2014 para 41,7% em 2016. De acordo com o órgão, a quantidade de plásticas nos primeiros anos de vida está relacionada, principalmente, com procedimentos reparadores. A partir dos seis até os 15 anos, o aumento foi de 3,2% no mesmo período.
Desde as primeiras horas de vida, bebês que nascem com defeito na coluna, lábio leporino, fenda palatina e que tenham dificuldades para abrir a pálpebra podem ser submetidos à cirurgia. Mais tarde, também são comuns retiradas de hemagiomas, correção de má-formação de mama e orelha de abano, além de traumas, como vítimas de acidentes domésticos, queimaduras e ataque de animais. Não existe idade mínima, mas, sim, o período mais indicado para cada procedimento.
A principal causa que leva pais e crianças ao consultório de um cirurgião plástico tem a ver com bullying. A otoplastia é a plástica estética mais frequente nesses casos em que a criança sofre opressão, geralmente, quando inicia a vida escolar. O ideal é que ela seja realizada a partir dos seis anos, quando não há mais crescimento da orelha.
A correção pode ser uma grande aliada no combate ao bullying, pois melhora a autoconfiança infantil e dos jovens. Mas, é importante que esse desejo seja da criança e a decisão tomada em conjunto com os pais e o médico, que fará a indicação cirúrgica adequada para cada situação.