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Seleção brasileira

Sem jogo bonito. Brasil emperra com Neymar 'fominha' e só empata em estreia

04 Ago 2016 - 21h03


Os ensaios foram bem feitos, mas a prática não funcionou. Na abertura dos Jogos Olímpicos e diante de uma torcida impaciente em Brasília, a seleção brasileira de Rogério Micale parou na África do Sul. Nem mesmo um terço do jogo com 11 contra 10 foram suficientes, e o Brasil ficou no 0 a 0 nesta quinta-feira.


Incumbido de liderar o time, Neymar chamou a responsabilidade enquanto Gabriel e Gabriel Jesus tiveram jornadas apagadas. Mas, muito fominha, atrapalhou o time em alguns momentos. Em outros, foi o mais perigoso, mas esbarrou em dia inspirado do goleiro Itumeleng Khune.

Absolutamente frustrante, o resultado deixa o Grupo A em aberto, já que Iraque e Dinamarca também ficaram no empate sem gols. A seleção volta a jogar no próximo domingo, também em Brasília, diante dos iraquianos.


Neymar leva perigo, mas volta a ser ‘fominha’ e perde bolas em demasia



Principal referência da seleção brasileira, Neymar chamou a responsabilidade até em excesso. Em muitos momentos, principalmente da etapa inicial, o atacante prendeu a bola e sofreu com desarmes sul-africanos. Mesmo assim, Neymar também ajudou em lances de grande perigo. Foram três ótimas finalizações de fora da área que o goleiro Khune, um dos três acima de 23 anos do rival, conseguiu conter.

O melhor: Khune fecha o gol e frustra a seleção brasileira



Experiente, o goleiro do Kaizer Chiefs se mostrou firme. No primeiro tempo, fez duas defesas importantíssimas em conclusões de Neymar. Na etapa final, além de orientar os defensores de seu time, se manteve firme. No final, irritou a torcida com cera.


O pior: Gabriel Jesus some entre os zagueiros e perde a melhor chance



O atacante do Palmeiras pegou pouco na bola e foi a figura mais apagada do setor ofensivo. Em meio a zagueiros mais fortes e com poucos espaços pelo chão, Jesus não conseguiu usar suas melhores características, a velocidade e o drible. Gabriel lutou bastante, mas perdeu a chance mais clara de gol, aos 24min: sem goleiro, acertou a trave.



O que foi treinado não funciona bem



A ideia de jogo da seleção brasileira de Rogério Micale não foi bem executada. Sem muitas inversões de bola, sem triangulações e sem o que o treinador chama de "jogo de apoio" em vários momentos, foi mais difícil ameaçar uma África do Sul bem arrumada e que deu poucos espaços. As melhores chances até a expulsão de Mothobi Mvala foram com duas conclusões de Neymar da entrada da área.


Após China, Renato Augusto perde mobilidade



Entre os três jogadores acima dos 23 anos, Renato Augusto fez parte do que se espera dele no quesito experiência. Girou a bola, orientou a equipe e deu equilíbrio ao time. Mas, fisicamente, parece muito distante do jogador que foi destaque no Campeonato Brasileiro 2015. Lento, em especial no segundo tempo, caminhou em campo e foi substituído aos 20 minutos da etapa final.


Micale assiste ao jogo impaciente e aposta em quatro atacantes



O treinador brasileiro acompanhou praticamente toda a partida à beira do gramado, chamou atletas para conversas, mas o funcionamento do time só melhorou quando Mvala foi expulso. Com um time bastante ofensivo, faltaram opções de ataque no banco. Mesmo assim, Luan foi acionado e logo depois Rafinha, o que deu mais dinâmica ao time.


Owen da Gama organiza defesa e cria bons contragolpes



O sistema defensivo da África do Sul deu grande trabalho ao Brasil, que não conseguiu triangular passes em vários momentos. A exemplo do que havia prometido na véspera, o treinador teve no meia-atacante Keagan Dolly seu jogador mais criativo e conseguiu ameaçar Weverton em contragolpes.

FICHA TÉCNICA


BRASIL 0 X 0 ÁFRICA DO SUL


Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)

Data: 4 de agosto de 2016, quinta-feira

Horário: 16 horas (de Brasília)

Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (ESP)

Assistentes: Pau Cebrian Devis (ESP) e Roberto Díaz Pérez (ESP)

Cartões amarelos: Thiago Maia (Brasil); Mvala (África do Sul)

Cartão vermelho: Mvala (África do Sul)



BRASIL: Weverton; Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos e Douglas Santos (William); Thiago Maia, Renato Augusto (Rafinha Alcântara) e Felipe Anderson (Luan); Gabriel, Gabriel Jesus e Neymar

Técnico: Rogério Micale


ÁFRICA DO SUL: Khune; Mobara, Mathoho, Coetzee e Modiba; Mvala, Mekoa e Motupa; Masuku (Moris), Mothiba e Dolly

Técnico: Owen da Gama



Fonte: UOL

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