Brasil
Relato seco, documentado. E a emoção do povo na rua
O Paciente é um filme bem feito - muito bem feito. Chega a lembrar um pouco o cinema documentado do italiano Francesco Rosi. Com base no livro de Luís Mir, Rezende fez um filme baseado em prontuários médicos. Seco, duro. A ficção nasce dos diálogos que dão sustentação a cenas que a história registra - os médicos reuniram-se, a família decidiu. Tancredo Neves está sozinho com a mulher, Risoleta Neves, no quarto de hospital. Não houve testemunhas desses diálogos, mas o cinema os imagina. Tudo muito austero.
Boa parte dos valores de O Paciente são de produção, a cargo de Mariza Leão, mulher de Rezende, na sua Morena Filmes. Ester Góes pode não ser parecida com Risoleta, mas o figurino, o penteado, tudo é rigorosamente exato e o restante fica por conta do extraordinário talento da atriz. O drama também é de Antônio Britto/Emílio Dantas, o assessor de imprensa que tenta manter a credibilidade nessa sucessão de erros, mentiras e desmentidos. É uma história absurda - como foi possível que tudo isso ocorresse? O Brasil é um país surreal? O Tancredo negociador é uma quimera. O povo nas ruas é realidade. Milton canta Coração de Estudante. A emoção se impõe. Algumas coisa na tela está acabando, mas o sonho continua.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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