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Brasil

Presidente do Santos ataca opositores na véspera da votação pelo impeachment

09 Set 2018 - 20h14
O presidente do Santos José Carlos Peres publicou neste domingo um vídeo no site oficial do clube direcionado aos conselheiros. A fala de pouco mais de dez minutos, na verdade, é uma tentativa de se defender dos dois processos de impeachment que existe contra ele e que serão votados pelo Conselho Deliberativo nesta segunda-feira, a partir das 19h30, na Vila Belmiro.

"Esse dois processos não refletem a realidade. Não tivemos acesso para nos defender, como todo cidadão brasileiro tem. Isso vem de pessoas insatisfeitas com o processo de seis meses atrás, que foi eleitoral. Não aceitam a derrota. Fui eleito democraticamente", afirmou.

Peres tentou barrar os processos na Justiça, mas não conseguiu. Para que ele deixe a presidência do Santos, primeiro é necessário que pelo menos dois terços do Conselho votem a favor do impeachment.

Se isso acontecer, o pedido pela saída será votado pelos sócios, que definem o futuro do mandatário com maioria simples. Enquanto esse processo não começa, o atual presidente tratou de relatar o que fez para o clube nos primeiros seis meses de gestão e aproveitou para atacar as gestões anteriores.

"Quando assumimos havia dez contas zeradas, salários atrasados dos funcionários e de jogadores. Em seguida teve uma questão com a Receita Federal, onde o clube reteve dinheiro e não repassou. Ou seja uma apropriação indébita. Tivemos que pagar esse compromisso, que poderia manchar a imagem do clube. Fomos negociar com a Globo e conseguimos adiantamento de R$ 19,5 milhões.

A seu favor Peres falou dos seis jogadores contratados na temporada, além do técnico Cuca. Também citou a venda de Rodrygo para o Real Madrid por 45 milhões (R$ 197 milhões, na cotação da época). "A venda trouxe a tábua de salvação do clube para os próximos dois anos. Arrecadamos um dinheiro acima da multa, o que nos fortalece daqui para frente", disse.

Ainda lembrou que contratou uma auditoria, que levantou uma série de pagamentos indevidos. "Registrou R$ 500 mil pagos a um empresário para viajar pelo mundo inteiro. Esse empresário ganhou R$ 7,5 milhões nos últimos anos. Houve comissões indiretas pagas para pessoas próximas a ele também. Foram no total R$ 27 milhões em comissões muito mal explicadas", acusou.

Caso Peres seja destituído do poder, quem assumirá é seu vice, Orlando Rollo, com quem o atual mandatário tem tido divergências desde quando assumiu, no início do ano.

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