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PF negocia delação premiada com donos do Grupo Schahin

13 Set 2016 - 12h20
A Polícia Federal (PF) negocia com os donos do Grupo Schahin uma nova colaboração premiada, no contexto das investigações da Operação Lava-Jato, em Curitiba. A atual, do empresário Salim Schahin, um dos donos do conglomerado, foi firmada com o Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2015.

— Por prerrogativa que lhe é conferida por lei e pela plenitude das atribuições constitucionais investigativas expressamente conferidas à PF, esclareço que serão realizadas tratativas visando a possibilidade de celebração de acordo de colaboração premiada com executivos do grupo Schahin — afirmou o delegado Filipe Hille Pace.

O objetivo agora, de acordo com Pace, é esclarecer pagamentos identificados do grupo para Carlos Roberto Cortegoso, segundo maior fornecedor da campanha que reelegeu a presidente cassada Dilma Rousseff, e para um sobrinho do ex-ministro Delfim Netto.

À Procuradoria, Salim confessou ter concedido, em 2004, empréstimo de R$ 12 milhões para o PT, em nome do pecuarista José Carlos Bumlai. Um dos destinatários do dinheiro, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, foi o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP) — condenado por corrupção no governo do prefeito assassinado Celso Daniel (PT). Parte do valor foi usada por Ronan para a compra do jornal Diário do Grande ABC. O caso virou processo criminal, aberto pelo juiz Sergio Moro.

Pace relaciona "algumas transferências realizadas pelo grupo Schahin a empresas já investigadas na Lava-Jato, bem como a outras que, ao que parece, podem ter sido utilizadas de maneira ilícita". Entre elas estão a CRLS Consultoria e Eventos, de Cortegoso, e a LS Consultoria Empresarial Agro Pecuária e Comercial, de Luiz Appolonia Neto, sobrinho de Delfim.

Na disputa à reeleição de Dilma em 2014, Cortegoso recebeu R$ 24 milhões. Ele presta serviços ao PT, principalmente, por sua empresa Focal Comunicação Visual. A outra, CRLS, passou a movimentar valores acima dos declarados. O empresário é réu em processo aberto em São Paulo, resultado da Operação Custo Brasil, que apura desvios em contratos de empréstimos consignados dos servidores federais, por meio do Ministério do Planejamento.

O criminalista Guilherme San Juan Araújo, que defende Schahin, informou que não poderia comentar o caso. Márcio Decreci, que defende Cortegoso, disse que também não poderia comentar a investigação. Segundo ele, seu cliente nunca recebeu recursos ilícitos. As informações são do jornal

O Estado de São Paulo

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