SCHUTZENFEST
Olimpíada

Onda de 2 m, bússola e uma reação que vale pódio: o "milagre" de Scheidt

12 Ago 2016 - 22h17
“Foi ótima [tarde]. Eu não estava em uma situação muito fácil. Há três dias eu estava em oitavo [no geral] e ter subido dessa forma me deixa bem animado, principalmente pela forma que eu velejei hoje [sexta]. Consegui um milagre”, disse Robert Scheidt, sorridente.

O tamanho do feito se mede pelas condições. Ainda afetada por uma frente fria que marcou os últimos dias, a Baía proporcionou ventos muito inconstantes ao longo das regatas. Em outras classes, a variação foi tão grande que provas foram canceladas. No caso da laser, os velejadores foram obrigados a esperar o início da competição em alto mar enquanto os dirigentes deliberavam sobre o assunto.

Quando a regata começou, Scheidt passou pela primeira boia na 32ª colocação. Como já teve um 23º e um 27º lugares, o brasileiro não tem mais como descartar um resultado ruim. Ficar tão longe do pelotão de frente, àquela altura, significava sair da briga pelo pódio. O veterano, então, apostou em uma leitura alternativa dos ventos, recuperou espaço e fechou na quarta colocação, aproveitando o clima que maltratou os principais rivais.

“Hoje teve muita onda. É uma condição extremamente difícil, tinha dois metros de ondas lá fora, com muita variação de intensidade de vento. Passei a velejar muito na bússola, melhorei e achei um caminho mais curto. É uma recuperação difícil de se fazer”, disse Scheidt.

O aparelho de navegação, comum na vela, torna-se ainda mais essencial em dias como esta sexta. Antes da regata, a comissão de provas entrega as direções das boias por onde cada barco deve passar. Com muitas ondas e pouca visibilidade, a bússola torna-se uma aliada para ler melhor o vento e não depender tanto do contato visual com os objetos.

“Eu precisava de muita concentração para tirar velocidade do barco. Em cima da onda tinha vento, e embaixo da onda não. Estava variando o tempo inteiro”, disse Scheidt.

Agora, o brasileiro está a três pontos do croata Tonci Stipanovic, líder da laser. Neste sábado, a classe faz suas duas últimas regatas regulares para decidir quem avança para a regata das medalhas, na próxima segunda, quando a pontuação dobrada definirá os medalhistas. Dono de dois ouros, duas pratas e um bronze, Scheidt busca seu sexto pódio na última Olimpíada da carreira.

Fonte: UOL.

Matérias Relacionadas

Esportes

Jaraguá vence o Carlos Barbosa no primeiro duelo das quartas de final da Liga Nacional

Com o resultado, o Aurinegro precisa de apenas um empate para conquistar a vaga da semifinal da LNF
Jaraguá vence o Carlos Barbosa no primeiro duelo das quartas de final da Liga Nacional
Economia

Brasileiros já pagaram R$ 3 trilhões em impostos no ano

Neste ano, o valor foi atingido 54 dias antes do que em 2023.
Brasileiros já pagaram R$ 3 trilhões em impostos no ano
Saúde

O utensílio de cozinha que todos usam e pode causar câncer

Confira os cuidados que devem ser adotados
O utensílio de cozinha que todos usam e pode causar câncer
Esportes

Jaraguá encara Carlos Barbosa no primeiro duelo das quartas de final da Liga Nacional

Para essa primeira decisão, o técnico Xande não poderá contar com o ala Jamur e o pivô Cappa, lesionados.
Jaraguá encara Carlos Barbosa no primeiro duelo das quartas de final da Liga Nacional
Ver mais de Brasil