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Olimpíada

Jogos no Rio são os 'mais difíceis da história' e uma 'luta', diz vice-presidente do COI

11 Ago 2016 - 22h55
"Tem sido muito difícil, esses têm sido os Jogos mais difíceis que tivemos, em termos de política e economia. Foi uma luta", afirmou, alegando que boa parte da organização ficou para a última hora e que muitos ingressos não foram vendidos.

Os Jogos do Rio ocorrem meio a uma crise econômica ainda em curso, ao processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff e foram precedidos pela turbulenta transição para o governo do presidente interino Michel Temer.

Também houve diversos protestos durante a passagem da tocha - os manifestantes tentavam apagá-la pedindo investimentos em outras áreas que não a Olimpíada.

"Sete anos atrás, quando eles (Brasil) foram selecionados, estavam prestes a ter o 5º maior PIB do mundo e agora estão em 74º. Você sabe o resto, tem sido uma luta por causa das questões financeiras e do apoio exigido de todos os níveis de governo", disse Coates.

Na verdade, o PIB brasileiro é o 9º maior do mundo, segundo ranking do Banco Mundial atualizado no final de julho. Não está claro se Coates foi irônico em sua comparação ou se misturou PIB com PIB per capita, ranking no qual, segundo a mesma fonte, o Brasil posiciona-se pouco acima da 70ª posição.

Segundo ele, houve falta de comunicação entre os diferentes entes governamentais e, se não fosse o apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes, os Jogos não teriam acontecido.
Ingressos

Coates também se disse desapontado com o descumprimento da promessa de que ingressos não vendidos seriam distribuídos para comunidades e crianças.

"Queria que tivesse mais torcida, a gente achava que eles estavam distribuindo ingressos para pessoas pobres e crianças de escola, mas ainda não os vimos nos locais de competição, o que é uma decepção."

Diversas arenas dos Jogos têm ficado vazias, assim como foi observado em Londres 2012. Há ingressos - normalmente os mais caros - que não foram vendidos e muitas entradas dadas a patrocinadores que não são usadas.
Coates afirmou também que o COI está enfrentando problemas diários no Rio, citando o caso de um atleta do rúgbi da Nova Zelândia.

"Tivemos um problema ruim com Sonny Bill Williams, que se machucou ontem e o motorista da ambulância não sabia onde era o hospital", contou.

Apesar de tudo isso, ele afirma que o COI não se arrepende de trazer os jogos para a América do Sul pela primeira vez.

"Estamos felizes com a decisão de levar os Jogos para a América do Sul. É importante espalhar os Jogos, mesmo que tenha sido um desafio maior do que esperávamos."

Preparativos


Coates é o mesmo que, há dois anos, disse que os preparativos para os Jogos eram os "piores" que ele já havia visto.

"Acho que a situação é pior do que em Atenas (em 2004). Até agora, os preparativos da capital grega haviam sido os piores que eu já vi", afirmou na ocasião.

Ele disse que a situação era crítica e que o COI seria obrigado a tomar medidas "sem precedentes" para assegurar que a competição acontecesse.

Coates, que foi chefe do comitê organizador local da Olimpíada de Sydney, em 2000, logo voltou atrás.

Dois dias depois, em nota, ele disse que acreditava que a cidade sediaria uma "excelente Olimpíada".

O esforço, aparentemente, fora uma estratégia interna do COI para reduzir o mal-estar com os organizadores locais.

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