Futebol
Homenagem à Chapecoense no Couto Pereira tem misto de fé e festa entre rivais
Do lado de fora, torcedores dos três grandes rivais da cidade, Coritiba, Atlético Paranaense e Paraná Clube, festejavam e juntavam-se num único coro. Torcidas organizadas do estado, que já protagonizaram cenas de barbaridade e violência, ficaram lado a lado.
No fim das contas, o Couto Pereira teve de fechar os portões para evitar uma superlotação, e 30 mil pessoas acompanharam a cerimônia.
As homenagens começaram com um culto ecumênico. O reverendo Antonio Jairo, com belas palavras, agradeceu ao povo colombiano e exaltou o Atlético Nacional.
"São verdadeiros libertadores da América, pois libertaram a fraternidade latente entre países vizinhos. E deram a liberdade de ninguém ter ganância na disputa do vencer, servindo e amando de coração sincero".
Outro momento emblemático aconteceu em seguida. O Padre João Maria inflamou os espectadores nas arquibancadas, pediu barulho e foi atendido. De pronto, o estádio explodiu com gritos pela Chapecoense, sinalizadores e uma festa inesquecível.
"É o grito que chega até os céus", disse o religioso. Foi o ápice da festa.
A homenagem terminou com um minuto de silêncio e uma salva de 71 tiros em homenagem aos mortos. Depois, o Couto Pereira explodiu de vez, com mais sinalizadores verdes e um 'vamo vamo Chape' entoando pelo Alto da Glória.
Fonte: UOL.