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Gleisi diz que PT pode flexibilizar programa de Haddad

16 Out 2018 - 00h11

"Quando a gente faz uma aliança, a gente já abre para fazer discussões programáticas. Se você não tiver nenhuma intenção de fazer flexibilização, você não faz aliança, você disputa a eleição sozinho", disse. "É possível (formar uma frente suprapartidária) diante do quadro que estamos vivendo. Não dá para o PT pedir desculpas porque chegou ao segundo turno. Nós temos uma base social, o PT tem 30% dos votos deste País, isso é muito significativo. É uma força social. Pode ter críticas ao PT, é natural que tenha, somos uma organização humana, com todas as nossas falhas e com todos os avanços que tivemos", complementou.


Gleisi falou à imprensa após participar de uma reunião, na sede do PSB, em Brasília, do qual participaram também os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, do PSOL, Juliano Medeiros, do PCdoB, Luciana Santos, do PCB, Golbery Lessa, e do PROS, Eurípedes Junior. A ideia do movimento é buscar outros partidos, mesmo que à direita, para integrem uma ação conjunta contra a candidatura de Bolsonaro. A Frente pretende atrair também artistas, intelectuais e movimentos da sociedade civil.

"Nós presidentes desses partidos vamos fazer um esforço para conversar com outros partidos, com todos que se dispuserem a defender a democracia brasileira e também líderes políticos, queremos fazer ações de trazer outros setores da sociedade. Não só movimentos sociais, a sociedade civil organizada, mas também artistas, líderes, movimentos religiosos, tem muitos líderes que estão se dispondo", cita texto do movimento.

Após a reunião, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, leu uma carta em nome do grupo. No documento, os partidos afirmam que "o Brasil vive um momento histórico que exige resposta firme de todos e todas que defendem a democracia, a liberdade, a soberania nacional, os direitos do povo e a Justiça social".

"As sementes do ódio e da violência, plantadas nos últimos anos pelas forças reacionárias e pelos donos das grandes fortunas, deram vida a uma candidatura que é o oposto desses valores; que rompe o pacto democrático da Constituição de 1988 e lança sobre o País a sombra do fascismo. Votar em Fernando Haddad é a resposta a esta ameaça (...). Votar em Fernando Haddad é a resposta às fábricas de mentiras e à violência que se espalha pelo País; o prenúncio de um Estado autoritário, contra a vida, contra os direitos das pessoas, contra a liberdade e a Justiça", disse.

PDT ausente

Os líderes partidários tiverem que responder, no entanto, sobre a ausência do presidente do PDT, Carlos Lupi, que não foi ao encontro. Lupi justificou que tinha um compromisso em São Paulo no mesmo horário - o anúncio de apoio ao candidato do PSB ao governo do Estado, Márcio França.


"Como todos sabem, o PDT e o PSB se reuniram na semana passada e declararam apoio ao candidato Fernando Haddad. O PDT não se encontra aqui. O presidente do PDT já tinha esta agenda em São Paulo, mas ele está do nosso lado e tem conhecimento (do documento). Não está assinando a nota porque aqui não se encontra", explicou Carlos Siqueira.

Gleisi também amenizou a ausência e deu a entender que Haddad deve procurar Ciro para conversar nos próximos dias, quando o pedetista retorna da Europa. "Ele (Lupi) me ligou, estava em São Paulo, tinha um ato de apoio à candidatura do PSB no governo de São Paulo. O PDT já manifestou apoio crítico. Ele (Lupi) me disse que o Ciro Gomes está voltando ao Brasil entre quarta e quinta-feira (desta semana), obviamente o Haddad terá oportunidade de conversar (com o Ciro). O PDT tem clareza do momento histórico que estamos vivendo, embora tenha divergências e críticas ao PT, o que é natural no processo de disputa eleitoral. Eles têm consciência do que está em jogo, então acredito que nós vamos tê-los em breve no processo cotidiano da eleição. Acho que todo mundo precisa de um tempo", afirmou.

Questionada sobre que avaliação fazia da viagem de Ciro ao exterior, logo após a derrota no primeiro turno, Gleisi também procurou afagar o aliado. "Nós temos que respeitar o tempo das pessoas. Tem um tempo pós-eleitoral. Eu acho que ele (Ciro) está procurando refletir, ser recompor, mas eu não tenho dúvidas da caminhada democrática do Ciro Gomes e do lado que vai estar na História. Eu acho que agora a gente tem que unir esforços para a democracia e a partir daí construir um movimento para que a gente tenha 2022", disse.

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