Brasil
Gastos do governo com estatais deficitárias subiram 125% desde 2009
Dentre essas 18 estatais há algumas que cumprem papéis importantes, como a Embrapa, de pesquisa agropecuária. Mas há outras que praticamente não têm mais função, como a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que deveria cuidar do projeto do trem-bala ligando São Paulo ao Rio. O aumento dos gastos com essas empresas tem relação direta com o crescimento do número de funcionários - segundo dados do Ministério do Planejamento, eram 37,9 mil em 2009 e chegam hoje a quase 73,5 mil, com salário médio mensal de R$ 13,4 mil.
Técnicos do Ministério do Planejamento destacam que essas estatais têm um enorme problema fiscal e representam um desafio para o próximo governo. Como precisam de dinheiro do Tesouro Nacional, essas empresas explicam parte de problemas como o crescimento do déficit primário e o avanço da dívida bruta do País. Qualquer aporte extra pode ameaçar o cumprimento do teto de gastos (a regra que limita o crescimento dos gastos à variação da inflação) e da regra de ouro (que impede o governo de contrair empréstimos para pagamento de despesas correntes, como salários).
Por isso, o governo trabalha para encontrar soluções para essas empresas. As medidas passam por reestruturação, parcerias privadas ou privatização e, em alguns casos, até mesmo o fechamento. Para os técnicos do Ministério do Planejamento, a sociedade terá de fazer escolhas, pois a restrição orçamentária e fiscal é um fato.
Juntas, as estatais dependentes possuem patrimônio líquido de R$ 8,244 bilhões e registram provisões (para perdas possíveis e prováveis) de R$ 7,3 bilhões com ações cíveis, trabalhistas, administrativas, fiscais e tributárias.
Saídas. O nível de dependência de cada estatal varia muito, e é menor para aquelas que têm receitas próprias. Para duas delas, o governo avalia ser possível dar fim à situação de dependência por meio de uma reestruturação. É o caso da INB, que detém monopólio da produção e comercialização de materiais nucleares, e da Imbel, que fabrica armas, munições e explosivos.
Para as empresas que atuam na área de transporte público, o governo estuda formas de prestar os serviços em parceria com a iniciativa privada. A ideia é que as empresas deixem de ser deficitárias e tenham condições de, ao menos, gerar receitas para pagar suas despesas. Nesse cenário, estão companhias como a Trensurb, responsável pelo metrô de Porto Alegre, e a CBTU, que opera trens urbanos em Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal. Nos dois casos, as tarifas são insuficientes para pagar os gastos de custeio das empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Matérias Relacionadas
Geral
Estados discutem criação da Ferrosul para integrar malha ferroviária entre RS, SC, PR e MS
Uma comissão formada por integrantes dos quatro estados foi criada para participar do debate nacional sobre a renovação das concessões ferroviárias e defender os interesses comuns.

Segurança
Jovem é preso com 3 kg de cocaína no corpo ao tentar viajar da capital catarinense para a França
Suspeito de tráfico internacional de drogas foi preso no Aeroporto Internacional Hercílio Luz

Segurança
Operação mira quadrilha que aplicava golpes do falso sequestro mediante extorsão por telefone
Os investigados respondem pelos crimes de estelionato e associação criminosa

Segurança
Criança que morreu após ataque a escola no RS é identificada
O adolescente que invadiu a escola foi apreendido
