Brasil
FSB se associa à agência Loures e diz ter apetite para aquisições
Com faturamento de R$ 240 milhões, a FSB vai passar a uma receita total de R$ 261 milhões ao se associar à Loures. Juntos, os dois negócios terão cerca de 800 profissionais. A Loures foi fundada há três anos e hoje é responsável pelo atendimento de companhias como Cosan, Votorantim, Ambev, Burger King e Lactalis. "Acho que batemos no teto do crescimento orgânico", diz Marcos Trindade, sócio da FSB. "Estamos olhando mais oportunidades de aquisição, incluindo no mercado de digital. Temos caixa e liquidez para isso."
Outra estratégia da FSB com essa estratégia é reduzir a dependência de contas de órgãos do setor público. Segundo uma fonte próxima à operação, a empresa tem larga vantagem nos mercados de Brasília (onde a disputa se dá pelas contas de governo) e do Rio de Janeiro (onde estatais também têm um peso considerável), mas não está tão à frente das concorrentes em São Paulo. A aquisição da Loures, focada no mercado paulista, vem para ajudar a equilibrar essas diferenças.
Consolidação. Até agora, a FSB havia ficado de fora do movimento de consolidação deste mercado, que envolveu grandes grupos internacionais de comunicação e também parcerias "made in Brazil". O Grupo Ideal que reúne três agências, Ideal H+K Strategies, Ogilvy PR e Young PR hoje tem a gigante britânica WPP como sócia (o grupo também tem participação da Máquina Cohn & Wolfe). Já a CDN, após ser comprada pelo Grupo ABC, de Nizan Guanaes, acabou nas mãos da americana Omnicom.
O acordo com a Loures também foi oportunizado pela recente chegada de um novo sócio à FSB Diego Ruiz, executivo que já teve passagens pelos grupos EBX (de Eike Batista) e J&F (dona da JBS e controlada pela família Batista). Segundo Trindade, Ruiz ajudou a organizar a companhia para o crescimento também por meio de aquisições. Tanto foi assim, diz o executivo, que a elaboração da proposta foi relativamente rápida após a definição dos números, o "casamento" foi selado em uma única reunião.
Loures disse que, em vez de "realizar o lucro" da operação que começou a construir há três anos, a opção de se tornar sócio da FSB sem não receber valores neste momento representa uma aposta no potencial de crescimento do negócio. O executivo, que antes de abrir a Loures foi chefe de comunicação da gigante das bebidas Ambev, diz que o mercado aceitou bem a proposta da agência, que prega o conhecimento dos setores nos quais seus clientes atuam. "Com a FSB, estamos bem posicionados para sermos protagonistas no mercado", disse.
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