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Como a Chape montou elenco após a tragédia e pensa grande

16 Jan 2017 - 16h40
Houve cessão gratuita de jogadores, houve contratações com investimento em dinheiro, houve incorporação da base e um orçamento como diretriz. Até que se chegou a um grupo de cerca de 30 atletas. É o que conta o diretor de futebol, Rui Costa.

 

“Teremos um elenco já fechado para o amistoso com o Palmeiras. Era esse nosso objetivo. Depende agora da avaliação do Mancini (técnico) na pre-temporada de atletas da base para saber se haverá outros jogadores contratados. E o grupo que pode ser enxugado”, disse o dirigente. Ou seja, pode ser que chegue mais uns poucos reforços, e que atletas jovens voltem à base.

No total, a Chapecoense contratou 21 ou 22 jogadores nas contas de Rui Costa. E não foram todas chegadas fruto de benemerência de times grandes. O time catarinense escolheu quem queria e investiu dinheiro para comprar direitos de alguns.

 

''Fizemos alguns investimentos na aquisição de direitos em jogadores que tiveram o perfil de que podem ser revendidos. Outros vieram emprestados com opção de compra. Nosso objetivo é transformar a Chapecoense em um time comprador no futuro. Agora, há jogadores que vieram só pelo aspecto técnico, emprestados, porque não teríamos como comprar'', justificou.

 

Entre as cessões, o Palmeiras foi quem mais ajudou com três jogadores. Houve ainda dois atletas do Cruzeiro. Na maioria dos clubes que se dispuseram a contribuir, chegou um jogador. Sempre quando houvesse cessão de atletas foi dos que interessavam a Chapecoense: não vinha qualquer um indicado.

Além disso, foram incorporados entre oito e onze atletas da divisão de base, sendo utilizados os que eram considerados mais prontos para o profissional. O time que faz boa campanha na Copa São Paulo, portanto, é um bem novo e não deve ser aproveitado. Rui Costa explicou que é perceptível a diferença física deles para as outras equipes.

 

Em toda a construção do time, houve um respeito ao orçamento implantado pela Chapecoense. O valor estimado ao futebol foi maior pela necessidade de remontagem, inclusive de todo o departamento de futebol composto como profissionais de comissão técnica.

 

''Houve uma diretriz muito clara do orçamento. Mas não podemos trazer tantos jogadores e não ter um gasto maior. É um orçamento com essa particularidade'', disse o dirigente da Chape. E completou: ''Estou acabando uma planilha, mas devemos ficar próximo da meta.''

 

A necessidade de montar um grupo mais robusto de 30 atletas tem relação com o alto número de jogos que enfrentará a Chapecoense na temporada. O time deve entrar em campo 70 vezes por estar classificado à Libertadores, e isso pode aumentar a 80 se houve avanço às finais. Essa trajetória começa no amistoso diante do Palmeiras.

 

Fonte: Uol Esporte

 

 

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