Reforma
Bancada de Santa Catarina questiona texto da reforma da previdência
Embora faça parte de um partido que integra a base, Boeira deixa claro que não votará a favor de qualquer reforma sobre o tema. Ele acredita que o rombo da previdência, propagado pelo governo, não existe. Sua tese é baseada em um estudo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e também no fato de o governo não pagar a sua parte no chamado "pacto tripartite", em que a previdência é bancada parte pelo empresário, parte pelo trabalhador e parte pelo governo.
O discurso de Boeira pode encontrar eco na oposição, porém na base de Temer a linha mestra é a seguinte: "a reforma é necessária, mas não podemos jogar todo o peso nas costas do trabalhador".
Um dos políticos mais experientes da Casa, o ex-governador de SC Esperidião Amin (PP) lançou um manifesto contrário ao projeto atual da reforma. Ele lembra que votou contra quando o texto estava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e diz que a proposta afronta a Constituição ao propor pagamento inferior a um salário mínimo para pensionistas de baixa renda que passarem a receber os benefícios de um cônjuge falecido. Amin acredita que o governo terá que ceder em ao menos três pontos: a idade mínima de 65 anos, a regra de transição e as aposentadorias especiais.
Perspectiva de votação em plenário em junho
No momento, o texto do projeto para as mudanças na Previdência está em análise na comissão especial criada pela Câmara para tratar do tema. Dois catarinenses são titulares, ambos do Sul do Estado: Geovania de Sá (PSDB) e Ronaldo Benedet (PMDB). Para a parlamentar de primeiro mandato, a tendência é que a reforma só chegue a plenário entre junho e julho, já que o tema é polêmico e ainda é preciso aperfeiçoá-lo antes de colocar para análise dos deputados.
HoraSC