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Saúde de Barra Velha está sob a intervenção da Justiça

6 JUL 2011 • POR • 11h47

Após denúncia de excesso de horas extras por parte de um médico, em maio, a Justiça de Barra Velha passou o comando da Fundação Hospitalar da cidade ao vereador Fábio Brugnago (PP) por seis meses, na segunda-feira, e determinou uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) na instituição.

A escolha de Brugnago, um dos opositores do prefeito Samir Mattar (PMDB), acirrou divergências também na esfera política.

Na decisão, a juíza Sônia Odwazny, da recém-criada 2ª Vara de Barra Velha, concedeu liminar em ação do Ministério Público estadual (MP-SC) que dá plenos poderes para que Brugnago administre a Fundação enquanto a situação das contas é apurada.

Brugnago disse que uma das primeiras providencias foi trocar as fechaduras da Fundação, para evitar acessos "indevidos", e pedir documentos contábeis da Fundação, que estariam na Prefeitura. O vereador afirmou que pediu desligamento da Câmara enquanto ocupa o cargo. A permanência de seis meses na Fundação poderá ser prorrogada.

A liminar também afastou o presidente da Fundação, Alzerino de Souza, do cargo e requisitou cópia do contrato de trabalho e do extrato dos ultimos pagamentos do médico Alessandro Oliveira Moura. Ele teria feito mais de 400 horas extras por mês nos primeiros quatro meses do ano. Em abril, teria de ter trabalhado mais de 24 horas por dia para dar conta da carga horária. O médico não tem se manifestado sobre o caso.

O procurador jurídico de Barra Velha, Eurides dos Santos, entrou com recurso contra a decisão da juíza. Para ele, a escolha de Brugnago não é justa, pelo fato do vereador ser um dos principais opositores do governo e relator de uma comissão processante que investiga o prefeito. Eurides também atribui à promotora do MP-SC, Luciana Filomeno, uma campanha, com a oposição, na tentativa de derrubar o prefeito.

A promotora diz que indicou Brugnago por não ter encontrado pessoas "mais qualificadas" e que atende ao clamor popular e não a motivações políticas.

Fonte: A Noticia