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Presidente da Acijs avalia como tímidas as medidas anunciadas em favor da indústria brasileira nesta semana

4 AGO 2011 • POR • 17h59

O Plano Brasil Maior de incentivo à indústria nacional, anunciado pelo governo nessa terça-feira, dia 2, prevê corte de impostos de US$ 25 bilhões em dois anos. Uma das principais medidas é a desoneração da folha de pagamentos em setores intensivos em mão de obra, como confecções, calçados e artefatos, móveis e software. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a alíquota para o INSS passa de 20% para zero.

Contudo, em contrapartida, será cobrada uma contribuição sobre o faturamento, que terá alíquota a partir de 1,5%, de acordo com o setor. No caso de empresas de softwares, o ministro Guido Mantega informou que a contribuição será de 2,5% do faturamento. Para o presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, Durval Marcatto Júnior, finalmente o governo percebeu o que vem acontecendo com as indústrias brasileiras, que vêm perdendo muito com a concorrência, principalmente dos chineses.

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Ainda de acordo com o empresário, as medidas anunciadas pelo governo são muito tímidas.

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Outro ponto que deveria ser atacado mais fortemente, na opinião de Marcatto, é a valorização do dinheiro. Na avaliação dele ainda, as medidas não devem interferir no valor do dólar, que opera em baixa há vários meses.

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O governo decidiu também estender por mais 12 meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, sobre bens de capital, material de construção, caminhões e veículos comerciais leves.

Outro estímulo ao investimento e inovação é a redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PIS/Cofins sobre bens de capital. O prazo que era de 12 meses passará para apropriação imediata.

O governo decidiu estender o Programa de Sustentação do Investimento do BNDES até dezembro do próximo ano. O orçamento do PSI será de R$ 75 bilhões e serão mantidos os focos em produtos de bens de capital, inovação, exportação e pró-caminhoneiro. Serão incluídos também componentes e serviços técnicos especializados e equipamentos TICs, ônibus híbridos, Proengenharia e Linha Inovação Produção.

Rogério Tallini