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Polícia continua investigação de acidente no porto de São Francisco do Sul

13 JAN 2012 • POR • 14h53

As investigações sobre o acidente que causou a morte de dois funcionários no terminal portuário de São Francisco do Sul na manhã de quarta começaram à tarde e devem se prolongar por mais alguns dias.

Nesta quinta, peritos do porto, da Polícia Civil e engenheiros passaram o dia no local para descobrir as causas da queda de uma estrutura de ferro com cerca de quatro toneladas de soda em granel.

Segundo o delegado Ivan Brandt, até a próxima semana deve ser divulgado o resultado da perícia. O delegado prevê o mesmo prazo para começar a ouvir as pessoas que estavam no local no momento do acidente.

Os sindicatos que representam os trabalhadores portuários também acompanham os trabalhos. O presidente do Sindicato dos Estivadores, Vander Luis da Silva, dividiu na quinta entre ficar no porto e acompanhar o velório do amigo e associado Álvaro José da Costa Júnior, 36 anos, morto ao ser encoberto pelo pó de soda.

- Estamos aguardando o relatório da Polícia Civil para ver se existe algum laudo preliminar. Sei que já pediram a gravação das câmeras de vigilância, para ver se as imagens podem ajudar nas investigações -, afirma.

O presidente do Sindicato dos Arrumadores, Claudionor Marcelino, também vai acompanhar as investigações e exigir mudanças no ambiente de trabalho. O operário Ismael de Oliveira Costa, 53, associado à entidade, perdeu a vida ao ser esmagado pela estrutura de ferro e também foi sepultado nesta quinta.

- Queremos sugerir mudanças e cobrar equipamentos adequados -, diz.

Segundo o diretor superintendente do Terminal Portuário de SC (Tesc), José Eduardo Bechara, os procedimentos no porto estão sendo analisados para que outros acidentes sejam evitados. Para ele, é prematuro afirmar que havia problemas com os equipamentos.

- Até que seja feita a perícia e o laudo seja emitido, não se pode dizer que os equipamentos não estavam em condições -, afirma.

Ele diz que a prioridade, no momento, é o apoio às famílias das vítimas.

- O esforço está em confortar as famílias, inclusive com apoio psicológico.

DIÁRIO CATARINENSE