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Dona de navio será vítima em julgamento contra capitão

19 JAN 2012 • POR • 15h36

A companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio Costa Concordia, anunciou nesta quinta-feira se apresentará como vítima no julgamento contra o capitão do navio, Francesco Schettino. A embarcação naufragou na última sexta-feira (13), na ilha de Giglio, na costa da Toscana, na Itália, após uma manobra que terminou com uma colisão em rochas.

O advogado da empresa, Marco De Luca, condenou o comportamento do comandante, que desviou o navio de sua rota sem autorização. O acidente provocou a morte de pelo menos 11 pessoas e 21 desaparecidos.

"A companhia é outra vítima da tragédia, porque, além do desastre e do drama humano, a empresa sofreu um dano imenso".

Schettino continua em prisão domiciliar, no sul da Itália, após ter ficado quatro dias na cadeia. A juíza Valeria Montesarchio, responsável pelo caso, considerou que o capitão via o naufrágio do navio e o resgate das vítimas de um cais na ilha de Giglio.

RESGATE

A Itália identificou nesta quinta-feira mais três corpos de passageiros do Costa Concordia. Os restos mortais são dos turistas franceses Jeanne Gannard e Pierre Gregoire e do espanhol Guillermo Gual. Os mergulhadores que fazem as buscas afirmam que ainda há 21 desaparecidos.

As equipes de resgate retomaram as buscas por desaparecidos pela manhã, após a embarcação mudar de posição em cima da rocha em que está o casco na quarta (18). A Guarda Costeira italiana assegurou que o navio está estabilizado e que começarão a usar explosivos para abrir buracos na estrutura para buscar mais vitimas.

Enquanto o resgate é feito, técnicos se preparam para bombear o diesel do navio para evitar um desastre ambiental com as 2.380 toneladas de combustível que estão nos tanques da embarcação. A estimativa para a retirada é de duas a seis semanas.

FOLHA.COM.BR