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Argentina implementa medida para impedir saída de dólares do país

2 FEV 2012 • POR • 13h54

Entrou em vigor nesta quarta-feira (1º) mais uma medida do governo argentino para impedir a saída de dólares no país. As restrições que começaram a ser adotadas no ano passado têm atingido em cheio as exportações brasileiras.

Os portos argentinos ainda estão sob o efeito da medida anterior - do limite das licenças automáticas - desde março do ano passado. Mercadorias estão à espera de autorização para entrar no país.

A partir desta quarta-feira (1), o empresário local tem que apresentar à Receita Federal argentina uma lista de quanto e o que pretende comprar de outros países. Outra lista mais detalhada tem que ser enviada por e-mail à secretaria de Comércio Interior. Tudo isso é para conter a saída de dólares do país e equilibrar a balança comercial.

Mas para produzir, a indústria argentina depende de matérias-primas, peças e até máquinas importadas, que já começam a faltar. Falta estrutura para atender a demanda e a qualidade.

A pressa pode ser um tiro no pé. No vídeo, a repórter conta que seu ferro de passar roupa queimou. Não há peça para conserto. No mercado, o único produto que ela diz ter encontrado foi um mod

Entrou em vigor nesta quarta-feira (1º) mais uma medida do governo argentino para impedir a saída de dólares no país. As restrições que começaram a ser adotadas no ano passado têm atingido em cheio as exportações brasileiras.

Os portos argentinos ainda estão sob o efeito da medida anterior - do limite das licenças automáticas - desde março do ano passado. Mercadorias estão à espera de autorização para entrar no país.

A partir desta quarta-feira (1), o empresário local tem que apresentar à Receita Federal argentina uma lista de quanto e o que pretende comprar de outros países. Outra lista mais detalhada tem que ser enviada por e-mail à secretaria de Comércio Interior. Tudo isso é para conter a saída de dólares do país e equilibrar a balança comercial.

Mas para produzir, a indústria argentina depende de matérias-primas, peças e até máquinas importadas, que já começam a faltar. Falta estrutura para atender a demanda e a qualidade.

A pressa pode ser um tiro no pé. No vídeo, a repórter conta que seu ferro de passar roupa queimou. Não há peça para conserto. No mercado, o único produto que ela diz ter encontrado foi um modelo fabricado na Argentina e que custa caro.

Em 2011, o Brasil exportou R$ 40 bilhões em mercadorias para a Argentina. A indústria brasileira já está impaciente. Principalmente manufaturados. Mas o governo prefere esperar mais um pouco.

"Estou embarcando esta noite para Buenos Aires no sentido de buscar soluções criativas para esses problemas. Nós não vamos aceitar prejuízos para as empresas brasileiras. Vamos buscar soluções para que as empresas minimizem eventuais problemas", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

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