Saúde

Lanche saudável evita obesidade e doenças crônicas

8 FEV 2012 • POR • 20h31

Com a retomada do ano letivo, mães e pais voltam a se preocupar com o que colocar na lancheira da criança.  Para a Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, a seleção deve agradar as crianças, mas precisa ter valor nutritivo e não trazer calorias em excesso. Na prática, a lancheira ideal é aquela em que não entram refrigerantes e bebidas açucaradas, como  sucos industrializados, ou ainda biscoitos e salgadinhos. De acordo com a coordenadora do setor, Patrícia Jaime, é melhor optar pelo suco da fruta natural ou uma porção de fruta. Para estimular o consumo, uma boa ideia cortar a fruta em pedaços, facilitando o manuseio da criança. Quando a opção é utilizar alguns alimentos industrializados, mães e pais devem observar atentamente as informações trazidas nos rótulos, como a quantidade de açúcar, sódio e gorduras.

A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição lembra que uma boa alimentação previne a obesidade nas crianças. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009, do IBGE, mostraram que uma em cada três crianças com idade entre cinco e nove anos e um em cada cinco adolescentes está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

 Os lanches oferecidos precisam conter o máximo de grupos de alimentos, que são os cereais, o grupo das frutas, legumes e verduras, o grupo dos leites, queijos e iogurtes, o grupo das carnes, e o grupo dos feijões. Açúcares, doces, óleos e gorduras devem ser consumidos em menores quantidades. É importante lembrar que os sucos não substituem as frutas, pois possuem uma menor quantidade de polpa e estão adicionados de açúcar. Uma dica é oferecer frutas diferentes, mantendo sempre aquelas de que as crianças mais gostam. Os salgados precisam ter recheios variados: de frango, milho, espinafre, carne moída, queijo e legumes e verduras, por exemplo.

Os lanches não podem ultrapassar 15% das necessidades diárias da criança. Lanches com excesso de calorias tiram o apetite para as refeições principais e favorecem a obesidade.