Geral

Grupo protesta contra mudanças no Código Florestal

7 MAR 2012 • POR • 17h32

Representantes de movimentos sociais realizaram um protesto em frente ao Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira (7) contra alterações ao Código Florestal, que trata da preservação ambiental em propriedades rurais. O manifesto prejudicou o trânsito no centro de Brasília.

Na terça, a Câmara adiou para a próxima semana a votação do projeto que modifica o Código Florestal por falta de acordo em torno de trechos polêmicos do texto, aprovado no ano passado pelo Senado.

Na manhã desta quarta, o relator do projeto na Câmara, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresenta o texto final da proposta em reunião fechada.

Participam do protesto cerca de 250 organizações ambientalistas, de pescadores e de camponeses. Para o analista da ONG WWF, Kenzo Jucá, o projeto que está sendo apresentado no Congresso é prejudicial para as florestas.

"É um projeto que faz o Brasil perder a sua principal vantagem comparativa no mundo, que é a sua biodiversidade, e a possibilidade de aliar desenvolvimento com preservação e conservação", disse Jucá.

Os manifestantes pretendem montar um banner vivo com a mensagem "Veta Dilma" - um pedido para que a presidente vete a proposta do código no caso de aprovação pelo Congresso.

Votação
Segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma reunião entre os líderes da base está marcada para a tarde desta quarta-feira (7) para analisar o relatório de Paulo Piau.

"A base aliada está firme. Vamos discutir amanhã e votar na terça [13]. É bom ter paciência para votar. É bom ouvir as pessoas. A rigor, nós temos o mês de março todinho para votar. Se fosse para votar hoje, nós ganharíamos, mas estamos construindo este acordo, e inclusive há um pedido do governo para construirmos este acordo", afirmou o líder.

Para o deputado Paulo Piau, levar o projeto à votação sem acordo entre os líderes partidários pode trazer um "prejuízo". "A nossa preocupação é pedir [...] uma semana para a gente acabar de amadurecer duas coisas: a área de preservação permanente e aplicação do código na área urbana, dois pontos em que ainda falta acordo mínimo", disse o relator.

GLOBO.COM