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Portos do Norte de Santa Catarina podem perder cargas

23 MAR 2012 • POR • 13h12

Os portos do Norte de Santa Catarina estão em alerta com a possibilidade da resolução 72, que prevê a padronização da alíquota do ICMS para importações em 4% em todo o Brasil, entre em vigor.

O temor é de redução no movimento de importação de cargas. As entradas de produtos pelos terminais do Estado são incentivadas com benefícios, que perderiam a validade.

Uma das preocupações dos catarinenses é que a movimentação de produtos importados se concentre no Porto de Santos.

- Isso não seria bom para o País -, afirma o presidente da administração do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi.

A estimativa é que as importações caiam 20%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior apontam que os desembarques de mercadorias vindas do exterior cresceram 11,2% em valor no primeiro bimestre do ano, em relação a igual período de 2011.

Corsi aponta a importação de bobinas de aço como um alvo potencial em São Francisco o Sul.

- Vamos focar em outros tipos de carga que o porto movimenta para compensar queda na importação.

O superintendente do Porto Itapoá, Patrício Junior, acredita que o crescimento será maior que a queda causada pela resolução.

- Ainda temos uma operação muito recente. É um desafio por dia. Estamos em busca da consolidação do terminal e essas ações serão fortalecidas para compensar possíveis perdas -, revela.

As atividades na cidade começaram em junho do ano passado e atualmente metade da operação é de produtos importados.

O terminal investirá nas operações que abastecem Joinville e região.

- Nosso alvo maior é atender na plenitude a região de Joinville, que apresenta gargalos para escoar e incrementar a produção do setor industrial -, afirma Patrício.

O superintendente diz que, apesar da possibilidade de queda nas importações, está confiante.

- Nosso foco é qualidade na prestação de serviços. Isso é que nos tornará mais fortes no mercado -, ressalta.

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