Arma polêmica

Taser já foi usada em 58 ocorrências em Jaraguá do Sul

29 MAR 2012 • POR • 16h14

Uso da arma é questionado após mortes (foto: ilustrativa)

A arma taser já foi usada 58 vezes pela Polícia Militar do 14º Batalhão de Polícia Militar de Jaraguá do Sul. A informação foi repassada pelo tenente André Luiz Adams, após os questionamentos feitos em função da morte do estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, na Austrália, e no domingo, Carlos Barbosa Meldola, de 33, morreu após ser atingido por disparos de policiais militares em Florianópolis. De acordo com o tenente, em todas as vezes, a arma de choque não letal mostrou-se eficiente na solução de situações de descontrole de pessoas abordadas.  

A SBC cita um levantamento publicado no American Heart Journal, que revisou 50 pesquisas sobre a arma Taser. "Enquanto 96% das pesquisas feitas por encomenda do fabricante ou pesquisadores a ele ligados concluem que o aparelho é seguro ou bastante seguro, apenas 55% das pesquisas desenvolvidas por fontes independentes concluem pela segurança da Taser", explica o diretor do Comitê de Emergências Cardiovasculares da Sociedade, Sergio Timerman. Para o cardiologista, o levantamento também destaca a falta de confiabilidade em pesquisas que não são totalmente independentes. Quando a Taser é ativada, um sistema de ar comprimido dispara dois ganchos com eletrodos, que entram na pele do alvo e fecham uma corrente elétrica. O impulso paralisa temporariamente os movimentos do suspeito. O cardiologista não nega que armas não letais são necessárias. "Mas é difícil conseguir uma arma que tenha efetivamente a característica de ser não letal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ouça a entrevista com o policial militar de Jaraguá do Sul sobre o assunto.

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(ROGÉRIO TALLINI)