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Missão de Paz: 127 militares de Joinville embarcam para o Haiti

4 ABR 2012 • POR • 18h04

Quem passou pela praça da Bandeira, na tarde de terça, parou para acompanhar uma cerimônia diferente. Os 127 militares convocados para participar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti participaram da formatura de despedida do 62º Batalhão de Infantaria.

Eles começam a embarcar no próximo dia 17. Os familiares acompanharam todo o evento, em um misto de emoção, orgulho e saudade, já que os oficiais vão ficar oito meses no país mais pobre das Américas.

Este era o sentimento da família de Marcos Antônio da Rocha dos Santos. Ele é de Passo Fundo (RS), mas está em Joinville há cinco anos, quando veio para servir no 61º BI. Será a primeira missão externa dele, que diz estar empolgado com a oportunidade.

- É um país totalmente diferente, com suas carências. Vou ter que conviver com a distância da família, mas isso a gente vai ter que superar -, disse ele.

Nesta terça, a mulher dele, Débora da Costa dos Santos, estava lá com os dois xodós de Marcos: Yasmin, de três anos, e a pequena Isabelly, que tem pouco mais de um mês.

- Preparada para ficar longe, a gente não está. Mas eu sei que era um sonho dele -, comenta.

A mãe dele, Lurdes Fátima Rocha dos Santos, completa o que disse a nora.

- Vai ser difícil. Ele é meu único filho, sou mãe solteira, só tenho ele. Mas se ele está feliz, a gente fica feliz também. Agora, vou ajudar a cuidar das minhas netas -, disse ela.

Durante a cerimônia, os oficiais receberam várias cartinhas de alunos de escolas públicas de Joinville. Eles escreveram uma carta para cada oficial que vai viajar, uma carta para o comandante desta tropa, uma carta para ser entregue a uma professora do Haiti e outra série de cartas para alunos de escolas do país da América Central.

Do outro lado, estava o casal Tiago Kanzler e Taíza Leonardo Ferreira. Juntos há seis anos, vivem a expectativa do embarque dele para o Haiti.

- Acredito estar pronto para enfrentar o que vier. Aprendi bastante durante o treinamento e isso vai ajudar bastante -, disse Tiago. Eles já compraram um computador para poderem se comunicar durante os oito meses.

- Estou aqui para apoiá-lo e é isso que vou fazer. Sei que ele está realizando um sonho -, disse Taíza.

DIÁRIO CATARINENSE