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Secretário de Educação participa nesta terça-feira de audiência com deputados para discutir lei do piso nacional

10 ABR 2012 • POR • 13h35

Até amanhã, representantes do governo e dos professores da rede estadual terão reuniões para avançar na proposta salarial do magistério, rejeitada no mês passado pela categoria. Na sexta-feira, será feita a conclusão das discussões.

Para  debater a lei do piso nacional, o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, participa nesta terça-feira de audiência com deputados em Brasília. O secretário acredita que apenas na sexta-feira haverá algo mais concreto para ser apresentado aos professores. 

- Ainda é prematuro adiantar algo - ressaltou Deschamps.

A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, voltou a afirmar que se o governo não apresentar uma proposta que agrade os professores, eles entrarão em greve a partir de 17 de abril. 

- As discussões vão continuar até quarta-feira e na sexta-feira esperamos ter uma nova posição do governo - enfatizou a coordenadora.

O impasse começou ao ser anunciado, em fevereiro, o reajuste de 22% sobre o piso, que passou de R$ 1.187 para R$ 1.451. O governo determinou o pagamento do novo valor para os 30 mil professores que ainda não recebiam isso no salário-base e propôs parcelar o percentual de aumento para os demais: 8% foram dados neste ano, e o restante seriam divididos em 2013 e 2014.

Os professores não aceitaram, porque pedem o repasse imediato dos 22% a todos os docentes. Nesta terça-feira, o secretário participa de uma audiência pública em Brasília, que vai discutir a lei do piso.

Deschamps acredita que serão levantados três pontos: o percentual do reajuste, para que seja calculado com base na variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor e não mais em cima do custo do aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o texto da lei, que para o secretário contribui para o achatamento das carreiras, como aconteceu em Santa Catarina e mais recursos para educação, que ajudariam os estados a cumprirem a legislação.

DIÁRIO CATARINENSE