Greve

Greve começa com pouca adesão dos professores

23 ABR 2012 • POR • 17h18

Começou na manhã desta segunda-feira (23) a greve dos professores da rede estadual de ensino. Por enquanto, o movimento ainda é fraco, sendo que nenhuma escola teve suas atividades suspensas. Segundo a presidente do Sindicato dos Professores da região, Cristiane Möller, ainda não é possível fazer um balanço do movimento que, segundo ela, deve ser progressivo e crescer durante a semana.

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Já segundo a gerente regional  de Educação, Lorita Karsten, a Duarte Magalhães é a escola mais prejudicada nesse primeiro dia de greve, com sete professores parados. No total, a estimativa é de 17 profissionais tenham aderido à greve em um total mais de mil professores.

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A presidente do Sinte afirma que a categoria está sendo ameaçada e que vai reagir contra as medidas anunciadas pela gerência de Educação. Todos os casos, segundo Cristiane, já estão sendo investigados.

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A gerente regional, Lorita Karsten nega a existência de ameaças, e diz que a orientação é que os diretores conversem com os professores para alertar quanto aos prejuízos de uma greve agora.

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Para Cristiane, um dos problemas nas escolas catarinenses é a falta de eleição para os cargos de diretores de escolas. A sindicalista afirma que isso faz com que esses profissionais ao invés de batalharem por melhorias na educação, estejam mais interessados em manter seus cargos.

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Para o sindicato, a diferença entre o professor que tem ensino médio para o graduado, que era de 60%, deixa de existir com a política adotada pelo governo do Estado desde o ano passado. Para Cristiane, o mais grave disso é o sinal dado pelo governador Raimundo Colombo, de que não vale a pena buscar conhecimento.

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Lorita Karsten reforça que o governo do Estado não irá negociar com a categoria enquanto houver paralisação.

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A vice-coordenadora do sindicato estadual dos professores, Janete da Silva, esteve em Jaraguá do Sul na manhã de hoje. Ela acusa o governador Raimundo Colombo se ser mentiroso e descumprir a lei nacional do piso. E diz que o estado tem dinheiro, precisa apenas definir qual é a sua prioridade.

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A gerente de educação, Lorita Karsten critica os professores que aderiram à paralisação, e diz que todos saberiam o quanto receberiam antes de começar a trabalhar.

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Janete diz que esse é o pior governo nos últimos 21 anos no setor de educação. Hoje, mais de 52% dos professores de Santa Catarina são contratados em caráter temporário e desde 2005 não há concurso. A sindicalista afirma ainda que foi o próprio secretário Eduardo Dechampas que desafiou os professores a entrar em greve.

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Hoje, um professor com ensino médio recebe do governo do estado R$ 1.450 em Santa Catarina, já quem tem curso superior ganha R$ 40 mais.

(PATRICIA MORAES)