Remuneração

Professores continuam tendo pior salário entre as profissões com graduação

21 MAI 2012 • POR • 17h54

Segundo dados do último Censo, do IBGE, o salário dos professores da educação básica no Brasil registrou, na década passada, ganhos acima da média dos demais profissionais com nível superior, fazendo encurtar a distância entre esses dois grupos. O avanço, porém, foi insuficiente para mudar um quadro de trágicas consequências para a qualidade do ensino: o magistério segue sendo a carreira de pior remuneração no país.A renda média de um professor do ensino fundamental equivalia, no ano 2000, a 49% do que recebiam os demais trabalhadores também com nível superior. Uma década depois, esta relação aumentou para 59%. Entre professores do ensino médio, a variação foi de 60% para 72%. Para o secretário de Educação de Jaraguá, Silvio Celeste, essa é uma realidade bastante preocupante. Ele reforça que o salário pago aos professores no município é o melhor do Estado, porém, é taxativo ao afirmar que um país deve saber o que quer e que a educação é a única maneira de promover a transformação necessária.

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Para Silvio Celeste, além de um bom salário, é preciso desenvolver políticas que valorizem a produtividade. Para ele, tratar desiguais de maneira igual é um erro que vem sendo repetido no setor.

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A má remuneração aos professores traz consequências  sérias a longo prazo. Estudos comprovam que a carreira de magistério vem sendo descartada pelos melhores alunos do ensino fundamental e médio. Para atrair os melhores profissionais, é preciso pagar um bom salário e isso

é o que vem acontecendo em Jaraguá, segundo Silvio Celeste, onde o último concurso público atraiu mais de cinco mil pessoas.

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Em Jaraguá do Sul, o menor salário pago a um professor, que trabalha 40 horas semanais, é de R$ 2.500, já na rede estadual em Santa Catarina, o mínimo é de R$1.451, só garantido pela categoria depois de uma extensa briga judicial.