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Novo presidente do TRESC tem missão de aplicar a Lei da Ficha Limpa

22 MAI 2012 • POR • 14h08

Com o desafio de comandar o processo eleitoral em Santa Catarina, o desembargador Luiz Cézar Medeiros tomou posse, ontem, como presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC). Em seu discurso, o magistrado se comprometeu a dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo ex-presidente Solon d'Eça Neves, morto no dia 23 de abril.

Medeiros afirmou que assumir o tribunal nessas condições lhe trouxe um pouco de "apreensão" e "tristeza", mas que sua motivação é estar à frente de uma instituição como o TRE e fazer uma grande eleição. Ele confirmou que chegar à presidência era um desejo, que acabou se concretizando prematuramente, em referência ao falecimento dos desembargadores Irineu João da Silva e Solon d'Eça Neves. Destacou, ainda, a posse do desembargador Eládio Torret Rocha aos cargos de vice-presidente e corregedor não somente como um colega com quem dividirá a direção do tribunal, mas um amigo que conhece há 25 anos.

Além do trabalho de organizar uma eleição em todos os municípios do Estado, Medeiros terá o desafio de comandar a primeira eleição em que a Lei da Ficha Limpa será aplicada. Apesar da inovação e dos possíveis questionamentos de candidaturas, Medeiros acredita na tranquilidade do processo, pois os juízes catarinenses já estariam alinhados ao entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outra novidade será a estreia de dois municípios no processo eleitoral, Pescaria Brava e Balneário Rincão, que elegerão seus primeiros prefeitos e vereadores. 

- Isso aumenta nossa responsabilidade, mas também de um modo significativamente bom, porque aumentará o número de eleitores em condições de votar e eleger seus mandatários de uma maneira mais próxima - avalia o presidente.

Nas eleições de outubro, em Santa Catarina não haverá inclusão de novos municípios no sistema de votação biométrica - em que a identificação do eleitor é feita a partir das impressões digitais. Em 2010, apenas os eleitores de São João Batista, na Grande Florianópolis, participaram de um projeto piloto para testar o modelo.

Para Medeiros, a identificação biométrica é o futuro, mas que ainda demanda um grande investimento em equipamentos. Por isso, a opção do TSE em fazer a implantação do novo modelo aos poucos. Segundo o novo presidente do TRE-SC, "todo o Brasil" está trabalhando neste projeto, que deve ganhar novo fôlego a partir da eleição de 2014.

DIÁRIO CATARINENSE