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Assis consulta advogados sobre rescisão unilateral de Ronaldinho com Flamengo

30 MAI 2012 • POR • 15h07

Os dias de Ronaldinho no Flamengo podem estar contados. O empresário e irmão do jogador, Roberto Assis, não tolera mais a demora do clube em definir como pagará a dívida de R$ 5 milhões que tem com o jogador e conversa com advogados sobre a possibilidade de entrar na Justiça para buscar uma rescisão unilateral.

A dívida já permite ao staff do jogador tomar a iniciativa. Se até o momento isso ainda não foi feito, é porque Ronaldinho não permitiu. O momento ruim que vive no clube, porém, começa a pesar e o camisa 10 já admite interromper o projeto que iria até 2014. Ontem foi o segundo dia consecutivo que o jogador foi liberado pela diretoria para acompanhar a recuperação da mãe, dona Miguelina, que retirou um tumor na mama.

Ele é aguardado hoje no Ninho do Urubu, mas existe a possibilidade de ele não treinar, o que faz crescerem os rumores da saída dele. Independentemente da dívida ser da carteira de trabalho ou dos direitos de imagem, o jogador pode fazer a cobrança. De acordo com a lei trabalhista que rege os contratos dos jogadores de futebol, três meses de atraso são suficientes.

- Pode rescindir. Tem de entrar na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão. A partir de dois meses já pode, porque caracteriza uma manobra. A qualquer momento ele pode rescindir - disse Gislaine Nunes, advogada especialista em direito esportivo.

O vice jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, no entanto, afirma que não existe chance de processo. 

- A meu ver não tem como entrar na Justiça. O clube só deve direitos de imagem ao jogador.

Sem recursos para negociar a dívida, a diretoria diz que está empenhada em resolver a pendência. Por intermédio da assessoria de imprensa, Patricia Amorim tratou de avisar que "não fala em hipóteses" e "as conversas entre as partes vêm acontecendo".

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