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Secretário-geral da ONU esperava documento 'mais ambicioso'

20 JUN 2012 • POR • 17h08

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse na manhã desta quarta-feira (20), durante a abertura das negociações da cúpula da ONU, que também esperava um documento "mais ambicioso" da Rio+20.

Ele fez um apelo aos líderes mundiais presentes no Rio que desempenhem seu papel como "cidadãos globais", indo além de "interesses internos e de grupos" para fazer as escolhas certas para o futuro.

"São os líderes que podem tomar decisões políticas, que podem fazer uma escolha. Temos muitas agendas com as quais estamos preocupados, e, dependendo da prioridade política que eles escolham, as consequências serão completamente diferentes", disse Ban. "Por isso contamos com esses líderes, por isso peço que eles atuem como cidadãos globais."

Ele destacou que o processo de negociações do documento que resultará da Rio+20 final foi um processo delicado, por tentar conciliar os interesses da cada país.

"Alguns Estados membros esperavam um resultado mais ambicioso, eu também esperava um documento mais ambicioso, mas é preciso entender que as negociações foram difíceis e lentas, devido a ideias conflitantes", observou, destacando que a Rio+20 "não é o fim, mas o início" dos compromissos entre os países.

"O que importa é que as recomendações sejam implementadas sem atraso, porque a natureza não espera", disse.

Ban ainda afirmou que os países aqui presentes devem se "inspirar" nos exemplos de sucesso do Brasil. "O Brasil tem muito potencial, mas grandes desafios. E todos os desafios que o Brasil enfrenta podem nos servir de lição durante a Rio+20."

DILMA

Na cerimônia de abertura, Dilma Rousseff foi eleita a presidente da conferência. Em seguida, fez um breve discurso de agradecimento, deu boas-vindas aos participantes e deu início os trabalhos, que serão conduzidos pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

Os trabalhos da cúpula começaram nesta quarta (20) e terminam na sexta-feira (22).

FOLHA.COM.BR