Tragédia

Queda de helicóptero de empresário completa um ano

17 JUL 2012 • POR • 14h18

No dia 15 de julho de 2011, Jaraguá do Sul vivia um dos maiores acidentes aéreos da história. A queda de um helicóptero da Nanete Malhas, aconteceu na manhã da sexta feira, após decolar do pátio da empresa, no Rio Cerro I, às 9h22 com destino à cidade de Navegantes. A queda da aeronave ocorreu numa área de difícil acesso que fica numa região de morros e mata nativa na região Ribeirão Alma, próximo ao limite de Massaranduba. O helicóptero colidiu num morro. Na hora do vôo havia neblina naquela região. Morreram: o piloto Álvaro Pisetta Júnior, 38, o empresário José Gilberto Menel, 62, e o pedreiro Érico Melchioretto. 48. Os corpos foram resgatados pelos helicópteros da Policia Militar e da Força Aérea Brasileira e levados para o IML de Jaraguá do Sul. Os destroços do helicóptero Esquilo, do empresário José Gilberto Menel, foram encontrados por volta das 13h30, no alto do morro.

RELEMBRE O CASO

O voo foi de cerca de três quilômetros desde a empresa até o local da queda. Um agricultor que cortava pasto no alto do morro ouviu o barulho do helicóptero e em seguida os estampidos de galhos das árvores quebrando. Segundo ele, o motor não falhou e nem saia fumaça do helicóptero. "Tinha muita neblina e não deu pra ver nada", contou. Lourival Guido Petter, disse que imediatamente foi até a casa de um vizinho e pediu que o mesmo o levasse até as duas empresas têxteis da região que possuem helicópteros. Para a surpresa dele, ao chegar na Nanete Malhas, que fica ao lado da rodovia, recebeu a informação que além do piloto e do empresário José Gilberto Menel, estava viajando para Navegantes o seu próprio cunhado, Erico Melchioretto, de 48 anos. Lourival retornou ao alto do morro e localizou o helicóptero, que bateu nas árvores e ficou sobre um taquaral, depois de ter atingido a montanha. "Achei o corpo dele (cunhado) de bruços e virei, reconheci que era o Erico" disse. Ainda de acordo com ele, o cunhado disse que faria a viagem até Navegantes com o empresário naquela sexta-feira e que estava com bastante medo, por ser a primeira vez que viajaria com equipamento destes.

A partir daquele momento, começaram as buscas pelo helicóptero acidentado, pelo Águia da Polícia Militar e também pelo helicóptero da Malwee Malhas, que auxiliou nas buscas. Enquanto isso, bombeiros, defesa civil, policiais militares e voluntários faziam buscas por terra, usando também quadriciclos para facilitar o deslocamento em meio à mata bastante fechada. Durante o período da tarde, um helicóptero da Força Aérea Nacional também prestou auxílio e trabalhou no resgate dos restos da aeronave para perícia. As causas do acidente foram ligadas diretamente às condições do tempo, segundo o mecânico do helicóptero, que acompanhou as buscas desde o período da manhã. Marcelo Moraes disse que o helicóptero foi adquirido pelo empresário no fim de 2010 e que estava com 98 horas de voo.

O transporte dos corpos desde o alto do morro até um terreno na parte mais baixa da comunidade foi feito pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Um a um, eles foram içados do meio do mato e levados até a área de pouso improvisada onde a funerária que faz o serviço para o IML recebia e os transportava para a necropsia. O primeiro corpo a chegar foi o do pedreiro Erico Melchioretto. O cunhado e a sobrinha acompanharam o procedimento. Em seguida, chegou o corpo do piloto Álvaro Piseta Júnior e, por último, o empresário e ex-vereador José Gilberto Menel, de 62 anos. O empresário levaria o pedreiro para a cidade de Navegantes para fazer um serviço particular e, depois pegaria os netos para passar o fim de semana com ele na mesma cidade.

Neste domingo (15 de julho de 2012) foi celebrada a missa de um ano de falecimento dos três, na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário da Barra do Rio Cerro.

(ROGÉRIO TALLINI)