História

Lançado livro que conta a história dos húngaros em Jaraguá

4 SET 2012 • POR • 17h54

A Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e o Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul Eugênio Victor Schmöckel promoveram hoje cedo (4), no Restaurante Parque Malwee, a apresentação do livro "Páginas de Jaraguá - 120 anos da imigração Húngara em Jaraguá do Sul". O livro, de autoria de Sidnei Marcelo Lopes e Silvia Regina Toassi Kita, e com 800 exemplares, é o primeiro de uma série que tem o objetivo de divulgar a história do povo jaraguaense, sua cultura, tradições, economia, turismo, além de fatos que foram e são importantes para o município.

Trata-se de uma iniciativa planejada e estudada no Arquivo Histórico Municipal. "É um resgate de histórias orais contadas de geração em geração", explica Silvia. A obra contém documentos inéditos sobre a imigração na região, como listas de navios encontradas no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, que trouxeram húngaros para o Brasil. A história dos húngaros em Jaraguá do Sul começou no final do século XIX, quando, aproximadamente, 800 pessoas saíram da província de Veszprém-Hungria e se estabeleceram em Santa Catarina.

O evento contou com representantes da primeira geração dos imigrantes como os irmãos Matilde (89) e Francisco Horongoso (87), filhos de Carlos, que chegou ao Brasil com cinco anos, juntamente com outros cinco irmãos: Ludovico, que nasceu durante a viagem; Sofia, Maria, Daniel Filho e Lídia. Matilde era casada com Rudolfo Ersching, falecido em 2000, também representante da primeira geração dos imigrantes húngaros.

Olga Piazera Majcher, neta do imigrante Jorge Wolf, elogiou o trabalho e falou da importância de registrar as histórias contadas pelos mais antigos em documentos como o livro. "Cada um de nós deve ajudar no registro das histórias das nossas famílias", disse. Olga escreveu, com Sidnei Marcelo Lopes e Alcioni Canutto, o livro "Colônia Húngara no Jaraguá", lançado em 2008.

A presidente da Associação Húngara de Jaraguá, Aparecida Martins, também esteve presente. Única associação do estado desta etnia, fundada em 1996, usará o documento para pesquisa e estudo. "Trata-se de um registro para o nosso estudo, dos que fazem parte da associação", comentou. A associação promove eventos como o Café Húngaro, Noite das Sopas e a Festa Catarinense do Strudel, em sua quarta edição, que ocorre em 15 e 16 de setembro, no Salão 25 de Julho.