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Marcha do Silêncio reflete sobre o impacto das mortes no trânsito

19 NOV 2012 • POR • 12h56

Cerca de 300 pessoas participaram neste domingo da 5ª Marcha do Silêncio em Jaraguá do Sul. A caminhada, que percorreu as principais ruas do centro da cidade, foi uma maneira de protestar contra a violência no trânsito. Para um dos organizadores do evento, Marcelo Fior, a manifestação serve para chamar a atenção da população para os perigos da falta de consciência no trânsito.

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Muitos familiares e amigos de vítimas de acidentes e pessoas que se preocupam com guerra silenciosa participaram. Faixas, cartazes e camisetas com fotos dos mortos, para pedir Paz no Trânsito. O repórter Rodrigo Floriani acompanhou uma dessas famílias.

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As estatísticas mostram que cerca de 150 pessoas morrem todos os dias vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, isso nos locais dos acidentes. Se considerarmos os que morrem após receber atendimento hospitalar ou ficam com sequelas e morreram meses depois, o número de mortes pode passar de 300 por dia. Levantamento exclusivo da Jaraguá AM mostra que na região do Vale do Itapocu, desde janeiro deste ano até hoje, morreram 62 pessoas vítimas de acidentes de trânsito. No mesmo período de 2011, o número era de 52 mortes. Neste levantamento, estão contabilizadas as mortes nos perímetros urbanos, estradas do interior, SCs e BRs que cortam os municípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder, Corupá e Massaranduba. O levantamento deste ano aponta que os meses de janeiro e março foram os mais violentos no trânsito, com dez mortes cada. Em janeiro, morreram sete pessoas em acidentes com motos e em março seis. Os números de vítimas se equivalem ao compararmos o tipo de veículo. Desde o começo do ano até agora, foram 32 mortes de acidentados com motos e 30 com outro tipo de veículo. 

A caminhada ocorre sempre no terceiro domingo de novembro é foi instituído pela ONU como Dia Mundial de Memória às Vítimas do Trânsito. O grupo que organiza a atividade aqui em Jaraguá do Sul já pensa em criar um "Observatório do Trânsito", para coletar e analisar estatísticas de acidentes na região.

(JOTHA SANTOS / RODRIGO FLORIANI)