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Lojistas querem mais fiscalização contra vendedores ambulantes

13 FEV 2013 • POR • 13h25

Há 45 anos, o vendedor ambulante Carlos Ângelo, 49, trabalha nas ruas. Natural de Jesuítas no Paraná, Carlos já vendeu picolé, trabalhou como engraxate até montar a barraquinha com produtos artesanais, onde trabalha até hoje. Sempre na região central de Jaraguá do Sul. Só no ponto onde está hoje no calçadão da cidade, já completou 15 anos de atividade. Diz conhecer praticamente todos os donos das lojas e se relaciona muito bem com todos. Fala com conhecimento de causa sobre ex-prefeitos e políticos influentes da cidade. Com a atividade que desempenha conseguiu a cerca de quatro anos, realizar seu grande sonho, comprar a casa própria. Trabalhando com a esposa Roseleide Aparecida Roteski, 39, já viu muitos aventureiros passarem pela cidade. Outros ambulantes, que como ele, ganham a vida, comercializando os mais diversos produtos. Com uma diferença: "Eu moro aqui, eu zelo pelo lugar onde vivo e trabalho, trato bem os turistas fornecendo informações", disse. Quando questionado sobre essa concorrência desleal que os comerciantes devidamente legalizados combatem, Ângelo tem uma opinião bem clara sobre o assunto. "Também não concordo com aventureiros. Que vêm para cá (Jaraguá do Sul) só em épocas de maior movimento, não respeitam as pessoas e se instalam em qualquer lugar, vendem todo tipo de coisas. Esses precisam ser combatidos. Cada município que resolva seus problemas sociais", disparou.

De acordo com Wanderlei Passold, conselheiro do SPC/SC (Sistema de Proteção ao Crédito de Santa Catarina), que é ligado a FCDL/SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado), quem está estabelecido a muito tempo na cidade, não representa grande preocupação. O problema maior, é justamente aquelas pessoas que chegam a cidade em determinadas épocas vendendo chinelos, carteiras, óculos CDS, redes e outros produtos, de forma clandestina. "Esses sim praticam a concorrência desleal. Não pagam impostos e ainda levam o dinheiro da cidade. É preciso aumentar a fiscalização", afirma. Ele disse que no final de 2012 foi nítido o aumento desse tipo de vendedores espalhados pelas ruas da cidade. "Até houve fiscalização, mas é pouco diante do tamanho do problema", disse.

SÉRGIO LUIZ